metropoles.com

Vélez: “Fui infeliz na declaração sobre brasileiros serem canibais”

Ao se defender para o STF, o ministro afirmou que “utilizou mal uma figura de linguagem para potencializar a importância da mensagem”

atualizado

Compartilhar notícia

Luis Fortes/MEC
Vélez2
1 de 1 Vélez2 - Foto: Luis Fortes/MEC

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) que foi infeliz na declaração “o brasileiro viajando é um canibal”, mas defendeu que a fala não pode ser interpretada como prática de calúnia e difamação.

A ministra Rosa Weber, do STF, havia dado um prazo para Vélez apresentar esclarecimentos – se desejasse – sobre afirmação, feita à Revista Veja. A decisão de Rosa foi tomada após o advogado Marcos Aldenir Ferreira Rivas acionar a Suprema Corte, sob a alegação de que o grau de “vilania” de Vélez atribuiu ao brasileiro a “condição antropológica de canibal, dando-lhe o sentido mais pejorativo possível”.

Vélez também disse à revista que o brasileiro “rouba coisas dos hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem de ser revertido na escola”.

Ao se defender, o ministro afirmou que “utilizou de uma figura de linguagem para, em dado contexto, potencializar a importância da mensagem” que queria repassar. Vélez também disse que não teve o propósito de ofender a honra de brasileiros.

“Fui infeliz na declaração aberta, genérica, mas tal não pode ser lida como a prática dos crimes de calúnia, difamação e injúria, na medida em que, repita-se, não teve o propósito de ofender as honras objetiva e subjetiva de brasileiros determinados”, afirmou o ministro, que ainda destacou ser brasileiro naturalizado desde 1997, e que não cabe fazer distinção entre os natos e os naturalizados.

“Este Ministro da Educação, naturalizado desde 1997, está no Brasil há 40 anos, por vontade própria, casado e pai de brasileiros. Como bom brasileiro que é, dedicasse verticalmente ao estudo dos problemas do Brasil desde que aqui chegou, o que o qualificou ao cargo de Ministro de Estado da Educação”, concluiu.

Vélez se viu envolvido recentemente em outra polêmica. O Estado revelou nesta segunda-feira (26/2) que o Ministério da Educação enviou um e-mail a todas as escolas do País em que pedia que crianças fossem gravadas em vídeo após serem perfiladas para cantar o Hino Nacional. Nesta terça, Vélez afirmou que determinou que seu ministério retire do e-mail este trecho. Ele também disse que “percebeu o erro” de inserir o slogan da campanha de Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”, ao final da mensagem.

Mais tarde, no entanto, o Ministério Público Federal deu prazo de 24 horas para que Vélez apresente justificativa para a carta enviadas às escolas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?