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Matrículas no ensino superior cresceram 32,8% em 10 anos, aponta Inep

Em média, aumento no ensino superior corresponde a 2,9% ao ano. Dados revelam a expansão da modalidade a distância

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
Corredor da Universidade de Brasília, instituição de ensino superior - Metrópoles
1 de 1 Corredor da Universidade de Brasília, instituição de ensino superior - Metrópoles - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O número de matrículas no ensino superior ultrapassou a marca de 8,9 milhões, ou seja, um crescimento de 32,8% na última década, segundo dados do Censo da Educação Superior 2021, divulgados em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (4/11) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A maioria dos ingressos corresponde à rede de ensino privada, com 76,9%. As instituições públicas receberam 23,1% dos estudantes.

Entre 2011 e 2021, o número de ingressantes em cursos de graduação cresceu, em média, 2,9% ao ano. Também no período, o número de estudantes que iniciaram a graduação na modalidade de educação a distância (EaD) aumentou 474%, enquanto a quantidade de matrículas presenciais caiu 23,4%.

Em 2019, pela primeira vez na história, o número de alunos em EaD ultrapassou o de estudantes que passaram a fazer uma graduação presencial, no caso das instituições privadas. Nessa rede de ensino, em 2021, 70,5% dos estudantes ingressaram por meio de cursos remotos.

Oferta do ensino superior

O censo de 2021 registrou 2.574 instituições de educação superior. Dessas, 87,68% (2.261) eram privadas e 12,2% (313), públicas. Nesse contexto, a rede privada ofertou 96,4% das vagas. Já a rede pública foi responsável por 3,6% das ofertas.

Entre 2020 e 2021, anos marcados pelo distanciamento social imposto pela pandemia, o aumento dos estudantes cursando graduações EAD no ensino superior foi causado exclusivamente pelo aumento da oferta da modalidade na rede privada, segundo o levantamento. Nesse período, a opção de ensino teve um acréscimo de 23,3%, enquanto o ingresso em graduações presenciais reduziu 16,5%.

Carlos Eduardo Moreno Sampaio, presidente do Inep, frisou que os resultados do censo demandam reflexões sobre modelos e políticas educacionais.

“É importante refletir a respeito. Por qual caminho estamos seguindo? Precisamos avaliar se é nessa direção que queremos crescer. O censo traz essa provocação e os resultados nos colocam diante de um cenário apropriado para essa reflexão, além de possibilitar que as perguntas sejam respondidas com bases objetivas e concretas”, afirmou.

Veja o vídeo da coletiva:

Contexto da pandemia

O presidente do Inep avalia que há aspectos positivos na expansão da EaD no ensino superior, como o aumento no número de alunos em cursos de graduação e a possibilidade de educação superior ser cursada em todo o território nacional.

“Mesmo sob um contexto extremamente delicado, a pandemia nos fez consolidar a compreensão de que a educação a distância pode ser eficiente, desde que seja de qualidade”, analisou.

Em contrapartida, ele salientou que a supervisão, a regulação e a avaliação “passam a ser essenciais para induzir à melhoria dos cursos”.“É um momento muito propício para essa reflexão, considerando o diagnóstico apresentado pelo censo”.

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