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Eduardo Bolsonaro: “Famílias não se orgulham de viciados”

Fala foi feita durante marcha contra as drogas, realizada na manhã deste domingo. Movimentação vai até o STF

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Marcha da Família contra as drogas
1 de 1 Marcha da Família contra as drogas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) participa, neste domingo (03/11/2019), da Marcha da Família contra as Drogas, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ao Metrópoles, ele declarou que foi ao evento para “mostrar que a sociedade não concorda com esse negócio de suavizar as drogas”.

“Nunca vi uma família dizer que tem orgulho de ter um viciado dentro de casa, para nós é importante se manifestar e mostrar que a sociedade não está de acordo com o posicionamento de tentar liberar as drogas”, pregou ele.

Os manifestantes se reúnem em frente ao Museu Nacional para pedir que o Supremo Tribunal Federal (STF) não descriminalize o uso de drogas. A Suprema Corte avalia a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (11.343/2006), que trata de penas para quem “adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo” drogas ilegais para consumo pessoal.

No passado, ao longo da campanha eleitoral que escolheu seu pai como presidente, Eduardo foi flagrado em um vídeo dizendo que bastaria “um cabo e um soldado” para fechar o STF. A declaração foi entendida como uma ameaça à Suprema corte.

Além de Eduardo, também participam da marcha a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF), segundo quem o presidente do STF, Dias Toffoli, já teria decidido não pautar a questão. Os manifestantes vão caminhar até a sede da corte suprema.

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Novo AI-5
Na semana que passou, o deputado ficou em evidência após dizer, em entrevista, que “caso a esquerda radicalize” no Brasil, o governo poderia adotar um “novo AI-5”, em referência ao ato institucional que marcou o recrudescimento da ditadura militar no Brasil no fim dos anos 60. O primeiro resultado da medida foi o fechamento, por mais de um ano, do Congresso Nacional.

A fala foi amplamente repreendida pelos setores político e jurídico, sobretudo, no país.

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