Universidades podem paralisar em julho por falta de verba, diz jornal
O orçamento para investimentos e manutenções caiu para o patamar de 2004, mas hoje a quantidade de alunos é maior que o dobro
atualizado
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As universidades federais estão com o orçamento no limite. A verba para investimentos e manutenções caiu para o patamar de 2004, entretanto, a quantidade de alunos é maior que o dobro comparada a 17 anos atrás.
De acordo com o jornal O Globo, a UFRJ e Unifesp falaram em interromper suas atividades a partir de julho.
Segundo dados do Orçamento 2021, estão disponíveis R$ 2,5 bilhões para as 69 universidades federais, que atualmente atendem 1,3 milhão de estudantes. Esse valor é quase o mesmo de 2004, quando havia 574 mil alunos e 51 instituições.
Com a verba reduzida, quem se prejudica são os mais pobres, que perdem o subsídio garantido pelo governo para que terminem os estudos. Além disso, são paralisadas pesquisas e contas como de água, de luz e de limpeza podem não ser pagas.
Ao jornal, a reitora da universidade, Denise Pires Carvalho, explicou a situação.
“Com o que temos disponível para gastos discricionários hoje, a UFRJ para de funcionar em julho. As aulas só continuam porque estão remotas. Mas todos os serviços da universidade, como os hospitais e as pesquisas, incluindo o desenvolvimento de uma vacina de Covid-19, serão interrompidos”, afirmou.
Apesar da verba apertada de R$ 2,5 bilhões , as federais podem de ter R$ 1,8 bi desbloqueados ao longo do ano. Essa decisão depende do governo e, caso ocorra, os gastos atingirão o patamar de 2006, quando o país tinha 54 universidades federais em funcionamento.