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Previdência: Bolsonaro pede a Witzel apoio para aprovar reforma

De acordo com o governador, Bolsonaro e Guedes tem pedido apoio dos governadores, mas articulação não é papel do presidente da República

atualizado

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Tânia Rêgo/Agência Brasil
Wilson Witzel
1 de 1 Wilson Witzel - Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Em meio às negociações para aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso Nacional, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC- RJ), disse que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) pediu apoio para aprovação do texto.

O depoimento foi dado logo após encontro com o presidente da República, nesta terça-feira (26/3), no Palácio do Planalto. Ele lembrou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, também pediu apoio aos governadores no Fórum dos Governadores, realizado na manhã desta terça, em Brasília.

Guedes era esperado para a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), na Câmara dos Deputados, em que o chefe da pasta da Economia deveria ser sabatinado a respeito da reforma da Previdência. Guedes, no entanto, cancelou a agenda.

“Todos nós estamos empenhados em aprovar a reforma da Previdência, não há um governador que pense diferente. É evidente que há discussões sobre o conteúdo da reforma, mas todos estamos empenhados em fazer logo neste primeiro semestre”, disse Witzel. Para ele, o texto é uma esperança de “dar ao Brasil novamente condições de se desenvolver”.

Witzel confessou que a dificuldade de articulação com a base do governo preocupa os governadores, mas que eles “poucos podem fazer”. Segundo o governador, nos estados brasileiros, não há uma articulação direta com os deputados, mas disse que “os governadores dependem mais dos deputados federais do que o contrário”. O governador contou que tem se reunido com a bancada de seu partido pedindo a aprovação do texto no Congresso Nacional. “Geralmente, o resultado tem sido positivo”, completou.

Sobre as recentes trocas de farpas entre Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governador afirmou que, “pelo bom humor do presidente” se houve alguma divergência entre os dois, “já está totalmente superada”.

Questionado a respeito das críticas disparadas ao presidente, que tem sido acusado de articular pouco pela aprovação da reforma, Witzel deixou claro que esse não é o papel do presidente da República, nem de governadores, mas sim dos seus articuladores políticos que devem “levar as mensagens do governo”.

No caso de Bolsonaro, o governador disse que esse é o papel do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. “O governo está caminhando bem para formar sua base e fazer com que a reforma avance”, concluiu a fala, deixando o Planalto.

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