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Pela 7ª vez, bancos elevam projeção para a carteira de crédito em 2022

Federação dos bancos elevou em novembro as projeções de expansão para o mercado de crédito para 14,1% contra 13,9% de setembro

atualizado

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Cartões de crédito sobrepostos em imagem ilustrativa - Metrópoles
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O bancos elevaram as projeções para o mercado de crédito neste ano, de 13,9%, em setembro, para 14,1% no levantamento de novembro. Para 2023, a média das projeções para a expansão da carteira total subiu para 8,4% ante 8% anteriores, revela a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas publicada nesta quarta-feira (16/11).

A pesquisa feita pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é feita a cada 45 dias, logo após a divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

A consulta mostra que, para a carteira com recursos livres, a projeção passou de alta de 16,7% (em setembro) para 17,3%. A melhora foi puxada pela carteira pessoa física (de 17,2% para 18,2%), devido ao crescimento da atividade econômica e do consumo, que beneficia linhas como o cartão de crédito e crédito pessoal.

A projeção da carteira pessoa jurídica ficou praticamente estável ante o último levantamento (de 14,5% para 14,3%).

A projeção de expansão da carteira com recursos direcionados também subiu de 9,3% (em setembro) para 10,2%. A projeção para a carteira pessoa física direcionada passou de 12,8% para 13,1% devido ao forte crescimento do crédito rural.

A expectativa de alta da carteira pessoa jurídica passou de 5,1% para 5,3%, com as projeções se ajustando à nova rodada dos programas públicos de crédito.

Entretanto, a pesquisa mostra que houve piora das expectativas para a inadimplência da carteira livre. Para este ano, a projeção subiu de 3,9% (em setembro) para 4,3%, enquanto para 2023 avançou de 4,2% para 4,6%. Atualmente, a inadimplência desta carteira está em 4%.

Selic, inflação e câmbio

Os banqueiros não enxergam perspectiva quanto ao início de um afrouxamento da política monetária do país. Cerca de 60% dos participantes da consulta esperam alguma queda nos juros a partir do segundo trimestre de 2023, e outros 40% esperam algum movimento no terceiro trimestre. Atulamente, a Selic está em 13,75% ao ano.

A maioria espera que os preços superem a meta (4,75%) em 2023. Já 40% dos entrevistados ainda acreditam que os preços podem encerrar 2023 abaixo do teto, mas acima do centro da meta, de 3,25%.

Para o câmbio, a expectativa é de que se mantenha na faixa de R$/US$ 5,20 a R$/US$ 5,25 ao longo do primeiro semestre do próximo ano.

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