1 de 1 Homem caminha em frente a entrada do prédio do Banco Central em Brasília
- Foto: Felipe Menezes/Metrópoles
O Boletim Focus desta segunda-feira (14/11) aumentou em 0,21 ponto percentual a estimativa da inflação para este ano. A previsão saiu de 5,63% para 5,84%, conforme a análise semanal. Há duas semanas, as projeções do Banco Central (BC) se mantinham “conservadoras” devido às incertezas no cenário político e deflação, como noticiou o Metrópoles.
O relatório ouve semanalmente agentes financeiros e colhe impressões sobre os principais indicadores econômicos.
O relatório reflete o incerto cenário fiscal brasileiro em meio à transição de governo entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda não há clareza em relação à política fiscal do novo governo e a composição da Esplanada.
Entenda a inflação
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido
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Com o resultado deste mês, a inflação acumulada de janeiro a outubro chega a 4,70%. Já nos últimos 12 meses, ficou em 6,47%. Em outubro de 2021, a taxa havia sido de 1,25%.
Focus: PIB, dólar e juros
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) – soma das riquezas produzidas pelo país – de 2022 foi para 2,77% nesta semana. Em relação a 2023, a previsão ficou em 0,70%.
O Focus manteve as expectativas de crescimento da economia para o ano de 2024 em 1,80%. Em 2025, também houve a manutenção em 2%.
O mercado ainda espera que a moeda norte-americana fique cotada a R$ 5,20 tanto neste ano quanto no próximo, as mesmas projeções há semanas. A moeda deverá oscilar entre 2024 e 2025, cotada entre R$ 5,10 e 5,20, respectivamente.
Apesar da perspectiva de aumento da inflação, a Selic deverá ser mantida em 13,75%, atual taxa estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom).