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Ministério de Guedes corta bolsas, estagiários e até cafezinho

Pasta da Economia anuncia plano para garantir continuidade de serviços como emissão de CPFs e fiscalização até o fim do ano

atualizado

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José Cruz/Agência Brasil
1 de 1 - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Economia precisa poupar. Para evitar gasto na faixa de R$ 366 milhões até o fim do ano, a pasta comandada por Paulo Guedes e as autarquias e fundações vinculadas prometem cortar toda a verba prevista para manutenção e obras, metade dos estagiários remunerados, um quarto das bolsas de estudo a pesquisadores e a assinatura de jornais e revistas — entre outros itens (veja lista abaixo).

Nem o tradicional cafezinho escapou: a previsão é vetar todo recurso destinado a máquinas e insumos para prepará-lo, obrigando os servidores do órgão a fazer vaquinhas caso não queiram ficar sem a bebida.

Com a economia no custeio, o ministério espera continuar a oferecer à população serviços como a emissão de CPFs e pagar contas como a restituição do Imposto de Renda. “Estamos aqui para servir o cidadão. Com qualquer respiro de recursos, vamos reajustando”, explicou o secretário-executivo da pasta, Marcelo Guaranys, em uma coletiva de imprensa, na manhã desta quinta-feira (22/08/2019), na qual não foi servido café nem havia copos de plástico para beber água.

A lista de cortes foi publicada nesta quinta no Diário Oficial da União, em portaria que prevê prazo de 30 dias para adaptação. Nesse período, deverão ocorrer, por exemplo, a demissão de metade dos estagiários remunerados.

Até o horário de trabalho no ministério e órgãos vinculados foi reduzido — era das 7h às 20h e passou para horário comercial, das 8h às 18h.

Com a frustração da previsão de receitas em 2019, o governo já anunciou cortes de R$ 33 bilhões nos orçamentos dos ministérios, com consequências críticas, por exemplo, nos repasses às universidades federais. “O que estamos fazendo na Economia, todos os ministérios terão de fazer, cortar gastos com burocracia”, disse Guaranys.

O Ministério da Economia já perdeu 34,8% do orçamento previsto para o ano. Com a portaria desta quinta, além de economizar R$ 366 milhões, a pasta vai remanejar R$ 1,8 bilhão internamente e garantir R$ 2,16 bilhões, montante necessário para manter até o fim do ano os serviços essenciais e a folha de pagamento de ativos e inativos.

“Esperamos que haja um descontingenciamento dos recursos e possamos rever alguns cortes”, frisou Danielle Calazans, secretária da Secretaria de Gestão Corporativa do ministério, no anúncio da medida.

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