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Mercado teme falta de articulação de Haddad com o Congresso

Para Gabriel Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset, Fernando Haddad não tem “uma interlocução construída com a Câmara e o Senado”

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Imagem colorida mostra o ex-ministro Fernando Haddad (PT) - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o ex-ministro Fernando Haddad (PT) - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Uma das maiores preocupações do mercado em relação ao desempenho de Fernando Haddad (PT) como futuro ministro da Fazenda é a falta de capacidade de articulação com o Congresso Nacional, para fazer a agenda econômica do país avançar.

“Haddad é um dos melhores nomes do PT. Porém, o receio do mercado é se ele terá, de fato, articulação com o Congresso. Sabemos que o Haddad não é, de largada, alguém que tenha uma interlocução construída com a Câmara e o Senado. É algo que ele terá de construir”, afirmou Gabriel Barros, sócio e economista-chefe da Ryo Asset, ao Metrópoles. “Nos cargos que ele ocupou anteriormente, esse trabalho de articulação não se mostrou tão afinado.”

Para Barros, a falta de clareza sobre a política econômica a ser seguida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também assusta os investidores.

“Qual será a agenda que ele vai perseguir? Lula já disse que pretende ter influência, que a política econômica é dele. O mercado fica muito apreensivo porque não está claro qual será a agenda econômica. Se tem algum sinal, é que a agenda vai em direção a mais gastos”, afirma o economista.

Barros destaca ainda que a escolha de uma equipe tecnicamente qualificada para ocupar o segundo e terceiro escalões do ministério será fundamental para tranquilizar o mercado.

“É a equipe técnica que dá subsídios para a tomada de decisão dos ministros. Se tivermos nomes que não agradem o mercado, isso criará uma indisposição, uma certa má vontade”, conclui.

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