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Maia diz ter dúvidas sobre interesse do governo na reforma administrativa

O presidente da Câmara, todavia, avalia que a reforma tributária está bem avançada, com consenso e apoio definido

atualizado

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), avaliou, nesta terça-feira (22/12), último dia de sessão legislativa antes do recesso parlamentar, que a reforma tributária está bem avançada para ser aprovada em 2021, mas que tem dúvidas quanto ao andamento da reforma administrativa.

“Pelo presidente da Câmara, acho que a reforma tributária está bem avançada. O que tenho medo é da administrativa, estou com dúvida se [o governo] vai continuar uma pauta onde se respeite o gasto público limitado, o teto de gasto, ou se vai para outro caminho. Hoje tenho muitas dúvidas”, afirmou Maia.

“Talvez o governo não gaste energia necessária para colocar de pé a PEC da reforma administrativa. Nos últimos meses, isso ficou claro. E, no próximo ano, uma reforma como essa, um presidente da Câmara sozinho, qualquer que seja, terá dificuldade de tocar. A tributária não, tem consenso e tem apoio”, acrescentou.

O parlamentar criticou nas últimas semanas a falta de interesse do governo em votar a reforma tributária. Segundo Maia, a reforma tributária não prosperou por se tratar de uma pauta do Parlamento, com as digitais dele.

Maia sugeriu, então, votar apenas a unificação do PIS e do Cofins, que seria chamado de CBS, que é uma pauta do governo. Contudo, não houve interesse do Palácio do Planalto.

“Espero que o governo possa tirar a emoção que teve comigo e o próximo presidente possa colocar a razão de um texto que está pronto. E a PEC 45 ou a PEC 110, e o acordo possível, pode gerar um aumento da competitividade do setor privado brasileiro”, concluiu.

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