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Lucro líquido da Petrobras cai em relação ao 1º trimestre de 2018

Investimentos da empresa somaram US$ 2,3 bi nos três primeiros meses de 2019, baixa de 24% se comparado a esse período no ano passado

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Petrobras
1 de 1 Petrobras - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A Petrobras reportou lucro líquido de R$ 4,031 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que implica queda de 42% em relação a igual intervalo de 2018, mas uma alta de 92% na comparação com os R$ 2,1 bilhões reportados no último trimestre de 2018. É o que aponta balanço publicado pela empresa na noite desta terça-feira (07/04/2019).

Segundo a empresa, na comparação com o trimestre imediatamente anterior, além das variações nas receitas, custos e despesas, o aumento decorreu principalmente do maior resultado de participação em investimentos no setor petroquímico e da redução de R$ 1,1 bilhão nas despesas com imposto de renda e contribuição social, em razão da baixa de créditos de prejuízos fiscais registrados no trimestre anterior. Questões cambiais também influenciaram os números.

Na comparação anual, entretanto, a redução “reflete as variações do lucro bruto, operacional e resultado financeiro, parcialmente compensada pela menor alíquota efetiva do imposto de renda e contribuição social”, apontou a empresa.

Já os investimentos da petroleira somaram US$ 2,333 bilhões no primeiro trimestre deste ano, baixa de 24% em relação à cifra de igual intervalo de 2018, de US$ 3,067 bilhões, e recuo de 30% em relação aos desembolsos do quarto trimestre do ano passado, de US$ 3,324 bilhões.

No balanço, a companhia diz que maior parte dos desembolsos para investimento foi direcionada aos investimentos de capital, destino que recebeu 77% dos recursos alocados no trimestre.

“Ou seja, esses recursos com o objetivo principal de aumentar a capacidade de ativos existentes, implantar novos ativos de produção, escoamento e armazenagem, aumentar eficiência ou rentabilidade do ativo, e implantar infraestrutura essencial para viabilizar outros projetos de investimento de capital. Incluem investimentos em atividades exploratórias”, diz a companhia.

Endividamento 
O indicador de endividamento da Petrobras medido pela relação entre a dívida líquida e o Ebitda ajustado atingiu 3,19 vezes em março de 2019, ante 2,34 vezes em dezembro e 3,52 vezes um ano atrás, em março de 2018. Os dados consideram o novo padrão contábil IFRS16. Sem contar o novo padrão contábil, o indicador estaria em 2,37 vezes no fim de março.

“A desalavancagem é prioridade para a Petrobras, cuja meta é reduzir o índice dívida líquida/Ebitda ajustado para 1,5 vez em 2020, considerando os efeitos do IFRS16. Em 31 de março de 2019, o endividamento bruto em reais recuou 6%, principalmente em decorrência da amortização de dívidas. O endividamento líquido e o índice dívida líquida sobre Ebitda ajustado aumentaram em função da adoção do IFRS16”, diz o balanço.

Pré-sal
A Petrobras produziu um total de 2,460 milhões de barris por dia de petróleo e LGN no Brasil no primeiro trimestre deste ano, o que representa recuo de cerca de 5% em relação a igual intervalo do ano anterior. Na comparação aos três meses imediatamente anteriores, esse volume teve queda de 4%.

Apesar da diminuição da produção global, o volume extraído exclusivamente no pré-sal subiu 7% na comparação anual, para 1,036 milhão de barris por dia nessa área de produção. O volume mostrou ligeira redução de 1% na comparação com o fim de 2018.

A produção de gás natural, por sua vez, chegou a 489 mil barris por dia, com leve diminuição de 1% na relação anual e de 4% na comparação com os últimos três meses de 2018.

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