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Juros futuros fecham em baixa com bom humor externo e Operação Acarajé

As taxas caíram desde a abertura, em linha com o dólar, favorecidas, ainda, pela nova fase da Operação Lava Jato, que decretou a prisão de João Santana, responsável por campanhas eleitorais do PT

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O apetite pelo risco a partir do ambiente externo promoveu uma rodada de alívio de prêmios na curva de juros nesta segunda-feira (22/2), principalmente nos mais longos, reduzindo sua inclinação. As taxas caíram desde a abertura, em linha com o dólar, favorecidas, ainda, pela deflagração da Operação Acarajé, nova fase da Lava Jato, que decretou a prisão do publicitário João Santana, responsável por campanhas eleitorais do PT.

Ao término da negociação regular, o DI julho de 2016 fechou em 14,170%, de 14,205% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2017 terminou em 14,180%, de 14,235% no ajuste da sexta-feira. O DI janeiro de 2018 caiu de 14,67% para 14,63% e o DI janeiro de 2021, de 15,75% para 15,50%.

O avanço nos preços das commodities, com destaque para o petróleo, propagou o apetite pelo risco nos demais mercados, amparado em novas medidas de estímulo ao setor imobiliário da China anunciadas na semana passada e pela troca do diretor da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários (CSRC) do país. Ainda, um relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) previa que os mercados globais terão reequilíbrio entre oferta e demanda no ano que vem. O petróleo fechou com alta de 5,16%, a US$ 33,39 o barril, na Nymex, no contrato para abril.

Internamente, a Operação Acarajé foi o destaque do dia e contribuiu para a queda das taxas futuras. O inquérito investiga supostos pagamentos a João Santana e sua mulher, Mônica Moura, pela Odebrechet em paraísos fiscais. A força-tarefa da Operação Lava Jato encontrou evidências de que a empreiteira, por meio de contas ocultas no exterior, transferiu US$ 3 milhões para a conta em nome da offshore panamenha Shellbill Finance SA, que seria propina oriunda da Petrobras transferida aos publicitários em benefício do PT. A Polis Propaganda e Marketing assinou as campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006, e da presidente Dilma Rousseff, em 2010 e 2014.

“Todas as nossas doações de campanha são feitas legalmente, através de doações bancárias e a Justiça Eleitoral recebeu todas As nossas doações foram semelhantes em valor, em doadores, às campanhas do PSDB”, disse o presidente do PT, Rui Falcão.

Havia certa expectativa com a participação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, em conferência promovida pelo banco JP Morgan, em São Paulo, nesta tarde, mas ele apenas reforçou o que já tinha dito na semana passada. Disse que a convergência da inflação para a meta de 4,5% em 2017 não contempla reduções de juros e que os riscos inerentes ao comportamento recente tanto das expectativas quanto das taxas observadas de inflação, e a presença de mecanismos, formais e informais, de indexação na economia brasileira, “não nos permitem trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias”.

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