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Incerteza na economia cresce até 26% desde o início da transição

Indicadores que medem temores do mercado pioraram em quatro áreas: entre agentes econômicos, no varejo, na indústria e no geral da economia

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1
1 de 1 Pessoas observam o telão da Bolsa de Valores, a B3, na Rua XV de Novembro, região central de São Paulo 1 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

A incerteza avançou sobre diversos setores da economia, desde o fim das eleições presidenciais, em 30 de outubro. É isso o que apontam dados da Economatica, empresa que desenvolve sistemas de análise para investimentos.

Calculados diariamente a partir de dezenas de variáveis, esses indicadores aferem a incerteza em quatro frentes: entre os agentes econômicos, no geral da economia, no varejo e na indústria. Desde o início da transição de governo, todos cresceram. Os avanços foram, respectivamente, de 25,8%, 15,1%, 24,8% e 26,45%.

De acordo com Felipe Pontes, diretor operacional da Economatica, os mesmos números vinham caindo no mês que antecedeu ao pleito. Eles haviam decrescido, ainda seguindo a mesma ordem, 12%, 19%, 12% e 16%.

Logo após a eleição, o Índice Incerteza Geral da Economia, por exemplo, chegou ao menor patamar registrado desde setembro de 2019. Em queda desde julho de 2022, quando fechou em 152,09 pontos, ficou em 98,32 pontos no fim de outubro.

Na avaliação de Pontes, a reversão conjunta dos índices foi provocada por pelo menos duas fontes de ruídos entre o mercado e o governo eleito do PT. Uma delas diz respeito às discussões em torno da PEC da Transição.

A proposta apresentada na última quarta-feira (16/11) pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, ao Congresso Nacional, prevê um rombo de R$ 195 bilhões no teto de gastos. Valor que, segundo economistas, colocaria a dívida pública brasileira numa trajetória explosiva.

Outra fonte de turbulências, acrescenta Pontes, foram as declarações do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, na semana passada, contrapondo o social ao fiscal. Especificamente, nota o especialista, trata-se do momento em que Lula criticou a “tal da estabilidade fiscal”, à medida que ela possa barrar o aumento de despesas com programas sociais.

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