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Guedes diz que Febraban queria criticar governo em manifesto

O documento pretende mostrar o incômodo do setor produtivo com a crise institucional promovida por Bolsonaro

atualizado

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Talita Laurino/Metrópoles
Pacheco e Guedes 2
1 de 1 Pacheco e Guedes 2 - Foto: Talita Laurino/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta segunda-feira (30/8), que um manifesto que seria divulgado nesta tarde por entidades empresariais tinha como objetivo “criticar o governo”. Segundo ele, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) é a responsável por isso.

O texto pede harmonia entre os Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O intuito do documento é mostrar o incômodo do setor produtivo com a crise institucional promovida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Até domingo, o texto havia reunido mais de 200 assinaturas.

“A informação que eu tenho é de que havia um manifesto em defesa da democracia, e que alguém na Febraban teria mudado isso, para, em vez de ser em defesa da democracia, ser um ataque ao governo”, declarou Guedes.

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“Aí, a própria Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) teria dito: ‘Não vou fazer esse manifesto’. E o manifesto está suspenso até por isso. Não estão chegando a um acordo”, completou o ministro.

Conforme mostrou o Metrópoles, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, foi pressionado para adiar a divulgação, já que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil ameaçaram deixar a Febraban caso o material fosse publicado.

“No sábado, tive a informação de que estava ocorrendo há algum tempo um desentendimento aí. De um lado, os bancos públicos não poderiam atacar o próprio governo. Se são do governo, como estariam atacando o governo?”, indagou Guedes.

De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o material será segurado até o feriado de 7 de setembro.

“A nota não é da Febraban – é da Fiesp, com a participação de mais de 200 entidades do setor produtivo. Virou uma nota da Febraban com reflexos para a Caixa Econômica Federal e para o Banco do Brasil, desproporcional aos seus interesses”, disse Lira ao jornal O Globo.

Febraban

Diante das críticas, a Febraban soltou uma nota, nesta tarde, declarando que “não participou da elaboração” de nenhum texto que “contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica”. “O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade”, ponderou.

“A Febraban submeteu o texto à sua própria governança, que aprovou ter sua assinatura no material. Nenhum outro texto foi proposto e a aprovação foi específica para o documento submetido pela Fiesp. Sua publicação não é decisão da Federação dos Bancos”, afirmou.

 

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