Febraban projeta alta de 0,7% na carteira de crédito

Crescimento será puxado pelo crédito direcionado, que deve avançar 1,5% no mês, segundo pesquisa da Febraban com base em dados dos bancos

atualizado 23/11/2022 11:06

Modalidade prevê parcelamento em até 12 vezes Getty Images/Divulgação

Segundo estimativas divulgadas nesta quarta-feira (23/11) pela Pesquisa Especial de Crédito da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o saldo total da carteira de crédito em outubro deve registrar uma alta de 0,7%.

Segundo a Febraban, o crescimento será puxado pelo crédito direcionado, que deve avançar 1,5% no mês.

Apesar da alta em outubro, a elevada base de comparação (+1,6% em outubro de 2021) provavelmente levará a uma desaceleração do ritmo de expansão da carteira total no ano, de 16,8% para 15,7%.

De acordo com o relatório da Febraban, “os números devem reforçar a perspectiva de mais um forte crescimento do crédito neste ano, que deve ficar na casa de 14%”.

Em outubro, a carteira direcionada deve registrar alta na taxa de crescimento anual, de 13,5% para 14%. “A pesquisa mostra que a alta de outubro deve ser liderada pelo crédito às empresas, com avanço de 2,2%, que segue apresentado um volume robusto de operações nos programas de crédito para as micro, pequenas e médias empresas, como o Pronampe e o PEAC-FGI”, afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia, Regulação Prudencial e Riscos da Febraban.

Por outro lado, as concessões de crédito devem recuar 6,3% em outubro. Quando é feito o ajuste pelo número de dias úteis no mês, a queda é menor, de 1,6%.

Apesar da retração, o volume de concessões deverá se manter em patamar elevado, de cerca de R$ 500 bilhões mensais. Segundo a Febraban, é um valor historicamente alto, mesmo quando corrigido pela inflação.

A pesquisa da Febraban

A Pesquisa de Crédito da Febraban, divulgada todos os meses, é considerada uma prévia da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Banco Central (BC).

As projeções são feitas com base em dados consolidados dos principais bancos do país, que representam de 37% a 88% do saldo total do Sistema Financeiro Nacional.

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