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Em ata, Copom volta a indicar possível elevação da taxa Selic em 2021

Comitê disse que resultados promissores de testes de vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança da atividade econômica

atualizado

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Beto Nociti/BCB
Brasília/DF 19/07/2016 – COPOM. Foto: Beto Nociti/BCB
1 de 1 Brasília/DF 19/07/2016 – COPOM. Foto: Beto Nociti/BCB - Foto: Beto Nociti/BCB

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) indicou, nesta terça-feira (15/12), que pode voltar a subir a taxa básica de juros no futuro. Hoje, a Selic está em 2% ao ano, o menor patamar da história.

A informação consta na ata da última reunião do Copom, realizada na semana passada. O documento foi divulgado nesta manhã pelo BC, que aponta ainda para uma incerteza no ritmo de crescimento da economia.

O Banco Central ressaltou que as condições para manutenção do “forward guidance“, mecanismo que impede aumento do juro básico, podem não ser mais atendidas em breve, o que indica possível elevação da taxa Selic.

No entanto, adicionou que, “embora haja a possibilidade de o forward guidance ser retirado em breve, isso não implicaria mecanicamente aumento de juros”.

Boletim Focus divulgado nessa segunda-feira (14/12) prevê que a taxa Selic deverá fechar 2021 em 3% ao ano, aumento de 1 ponto percentual em relação ao patamar atual. Em 2022, pode subir para 4,5% ao ano.

O Copom avaliou também que perseverar no processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é “essencial para permitir a recuperação sustentável da economia”.

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“O Comitê ressalta, ainda, que questionamentos sobre a continuidade das reformas e alterações de caráter permanente no processo de ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia”, informou.

Disse também que a retomada da economia pode ser gradual, mas enfatizou que os resultados promissores nos testes das vacinas contra a Covid-19 tendem a trazer melhora da confiança da atividade no médio prazo.

“A pouca previsibilidade associada à evolução da pandemia e ao necessário ajuste dos gastos públicos a partir de 2021 aumenta a incerteza sobre a continuidade da retomada da atividade econômica”, informou o Copom.

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