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Dólar fecha em maior alta percentual diária desde junho de 2020

Diante do acirramento das tensões políticas pós 7 de setembro, a moeda norte-americana teve alta de 2,93%, vendida a R$ 5,3276

atualizado

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Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante manifestação contra o STF na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo 7 de Setembro 7
1 de 1 Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante manifestação contra o STF na Avenida Paulista, região central de São Paulo, neste domingo 7 de Setembro 7 - Foto: null

Conforme mostrou o Metrópoles, o mercado derreteu nesta quarta-feira (8/9) após os atos pró e contra o governo Bolsonaro realizados no 7 de Setembro. Diante do acirramento das tensões políticas, o Ibovespa teve queda de 3,78%, a 113.413 pontos. Essa foi a maior retração diária desde o dia 8 de março, quando o Supremo Tribunal Federal anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Já a moeda norte-americana fechou em alta de 2,93%, vendida a R$ 5,3276. O resultado configura a valorização percentual diária mais intensa desde 24 de junho de 2020, quando houve alta de 3,36%. O fechamento é o maior desde 23 de agosto (R$ 5,3802).

Agora, o dólar acumula alta de 3,05% no mês. No ano, o avanço é de 2,71% ante o real. Isso deve impactar diretamente outros setores da economia brasileira, como a alta da gasolina, do gás, do preço das commodities e de alguns alimentos básicos do dia a dia. Todos são influenciados pelo dólar.

O motivo para a desvalorização do real é o receio do mercado de que as reformas estruturantes, como a administrativa e a tributária, sejam travadas no Congresso com a apreensão entre os Poderes. A tensão provocada pelo discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no feriado da Independência causou uma crise institucional que “não prevê solução à vista que possa trazer alívio”, de acordo com especialistas ouvidos pelo Metrópoles.

Durante os atos, o presidente fez ataques contra integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), governadores e prefeitos que tomaram medidas de combate à Covid-19. Bolsonaro dedicou as principais ofensas ao ministro do STF Alexandre de Moraes – e afirmou que não irá cumprir suas decisões.

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