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Conselho de empresários critica redução de tarifas do Mercosul

O ministro da Economia quer reduzir a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul, cobrada na importação de produtos de fora do bloco econômico

atualizado

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Igo Estrela/ Metrópoles
Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto
1 de 1 Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O Conselho Empresarial Brasil-Argentina (Cembrar) divulgou um documento nesta quinta-feira (10/6) no qual se posiciona contra a proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, de reduzir a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul, cobrada na importação de produtos de fora do bloco econômico.

De acordo com o colegiado, a redução unilateral de tarifas é “inadequada” num momento em que o mundo vive uma situação “tão complexa e incerta”.

Conforme já mostrou o Metrópoles, o chefe da pasta econômica quer avançar em sua proposta de reduzir a TEC em 10% agora e em outros 10% no fim deste ano. A Argentina acena com essa primeira redução, mas declarou que só aceitaria falar na segunda alteração após 2023.

Nessa terça-feira (8/6), o ministro defendeu a flexibilização do Mercosul e afirmou que o Brasil se prejudicou muito ao manter sua economia fechada por mais de 30 anos.

A Argentina, no entanto, chegou a ganhar apoio dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assinaram uma nota em conjunto contra a proposta do governo.

“Concordarmos com a posição do presidente da Argentina, Alberto Fernández, de que este não é o momento para reduções tarifárias unilaterais por parte do Mercosul, sem nenhum benefício em favor das exportações do bloco”, afirmam os ex-presidentes

Nesse sentido, o presidente da seção do Cembrar, Lus Tendlarz, destacou que os dois países precisam desenvolver ações para tornar suas economias cada vez mais competitivas.

“Com a declaração conjunta, queremos contribuir para que as indústrias dos dois países saiam maiores e melhores dessa crise”, disse Tendlarz.

 

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