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Carga tributária subiria sem reforma na Previdência, diz Meirelles

Para o ministro da Fazenda, a falta de consistência das contas púbicas é a principal razão do elevado custo de risco pago pelos ativos

atualizado

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Rovena Rosa/Agência Brasil
henrique meirelles
1 de 1 henrique meirelles - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, colocou mais um argumento a favor da aprovação das reformas estruturais propostas pelo governo. Se nada for feito, diz o ministro, seria preciso aumentar a carga tributária em 10 pontos porcentuais apenas para cobrir o rombo da Previdência. Para Meirelles, a falta de consistência das contas púbicas é a principal razão do elevado custo de risco pago pelos ativos brasileiros.

“Se não fizermos nada, nós teríamos de, em tese, aumentar a carga tributária em 10 pontos porcentuais do PIB só para pagar o aumento do déficit (da Previdência)”, disse o ministro em palestra realizada nesta quarta-feira (8/3), em Brasília. “Se não fizermos hoje, vai ter de fazer uma (reforma) pior amanhã”, reforçou.

Meirelles notou que as reformas – como o teto de gastos, da Previdência e trabalhista – são importantes para dar previsibilidade e sustentabilidade às contas públicas. Ao notar que um ponto chave para as análises econômicas é a trajetória fiscal, Meirelles notou que as despesas totais do governo federal saltaram do equivalente a 10,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1991 para cerca de 20% do PIB atualmente. “Foi um crescimento constante. E grande parte desse volume é relacionado à Previdência”, disse.

“A Constituição previa crescimento constante das despesas e o mercado antecipa. Essa é a razão fundamental dos altos preços de risco do Brasil. Quando você tem dúvida sobre a sustentabilidade, passa a ter trajetória de crises recorrentes”, disse, ao notar que essa situação levou o Brasil a ficar exposto a crises frequentes nas últimas décadas.

Meirelles reconhece que o Brasil conseguiu derrotar a hiperinflação com a adoção do Plano Real, mas pouco foi feito sobre o tema fiscal. “Saímos da hiperinflação só que o problema fiscal continuou”.

Se as reformas forem aprovadas, diz o ministro, será possível “estabelecer previsibilidade com tendência de queda do gasto público”. “Isso significa que o governo passará a ocupar menos espaço no PIB, o que aumenta a produtividade e o crescimento potencial pode aumentar até 1,5 ponto porcentual”, disse Meirelles. O ministro da Fazenda fez palestra durante a inauguração do escritório da agência de notícias Bloomberg em Brasília.

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