“Brasil já sacudiu a poeira”, diz Paulo Guedes a investidores
Ministro da Economia defende que o país vive um ciclo de crescimento e voltou a citar a queda no desemprego e revisões para cima do PIB
atualizado
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, demonstrou otimismo com a situação do país ao conversar com investidores em São Paulo na noite de quinta-feira (4/8). Segundo ele, o “Brasil já sacudiu a poeira”.
As declarações foram dadas na Expert XP, evento que conta com palestras de empresários e autoridades e é voltado para investidores. A XP é uma das maiores corretoras de investimentos do país..
Para Guedes, o Brasil se sairá melhor que outras nações na retomada econômica após o período mais duro da pandemia de Covid-19 e da instabilidade causada pela guerra na Ucrânia.
“Tem muito país que se considera avançado e que não vai aguentar o tranco”, avaliou.
O ministro, ao longo de sua fala, voltou a citar a queda no desemprego e revisões para cima das projeções do Produto Interno Bruto (PIB). Para ele, o país entrou no “ciclo longo de crescimento”.
Guedes foi enfático: “A verdade é o seguinte: crescimento econômico subindo, inflação descendo, desemprego descendo, investimentos aumentando.” Ele concluiu. “O barulho da política está infernal, porque a democracia brasileira é vibrante e polarizada, mas esses são os fatos”, salientou.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images
O ministro defende que o país continuará crescendo nos próximos anos. “O Brasil está condenado a crescer 10 anos seguidos. Vai crescer de qualquer jeito. Deixe a turma do ‘mas’ falando. ‘O desemprego caiu, mas…’, ‘o crescimento aumentou, mas…’, ‘a inflação está descendo, mas…’. Esqueça a turma do ‘mas’”, ironizou.
Guedes salientou que, na visão dele, a situação fiscal do país é “forte” e “equilibrada” e avaliou que a política monetária “também está no lugar”.