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Bolsonaro sobre demarcações: “Somos um só povo, uma só raça”

O presidente se diz contra novas delimitações para indígenas e quilombolas. Segundo ele, havia uma indústria de demarcações no passado

atualizado

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Enviado especial a Miami – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta terça-feira (10/03), a política de demarcação de terras indígenas e quilombolas, levadas adiante por governos anteriores. Segundo o mandatário da República, havia sido instituída uma “indústria de demarcações” desde 1992 que teria comprometido 14% do território nacional.

De acordo com o presidente, essa política mudou e dificilmente haverá novas áreas separadas no mapa para povos que seriam originários dali. “Essas demarcações de terras quilombolas, e tem 900 na minha frente para serem demarcadas, não podem ocorrer. Somos um só povo, uma só raça”, disse em evento realizado em Miami, onde cumpre agenda de quatro dias.

“Os governos de esquerda descobriram também outras formas de atrapalhar e impedir o desenvolvimento do Brasil com comunidades quilombolas”, prosseguiu.

O presidente, que participou do Conferência Internacional Brasil-Estados Unidos: um novo prisma nas relações de parceria e investimentos, comparou o contexto brasileiro com outros países.

“O que a nossa Amazônia sofreu de 92 para cá não é brincadeira com a indústria da demarcação de terras indígenas. Hoje em dia, o Brasil tem 14% do seu território demarcado por terra indígena. Ninguém tem isso no mundo”, disparou.

O atual presidente é crítico ao processo de demarcações e vem tentando aprovar no Congresso novas regras que permitam explorar comercialmente essas regiões. Em sua defesa, ele chegou a dizer, em uma live, que “cada vez mais o índio é um ser humano que nem nós”.

 

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