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Bolsonaro comemora superávit de empregos e diz que Guedes é insubstituível

Economia brasileira gerou 394.989 empregos com carteira assinada em outubro. Apesar do superávit, país não recuperou perdas da pandemia

atualizado

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes se abraçam sorrindo
1 de 1 Jair Bolsonaro e Paulo Guedes se abraçam sorrindo - Foto: Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou nesta quinta-feira (26/11) o resultado positivo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) para o mês de outubro. Feliz com os números, durante cerimônia no Palácio do Planalto ele ainda afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é “insubstituível”.

O mês passado registrou saldo positivo na geração de empregos. Foram abertas 394.989 vagas com carteira assinada em outubro, resultado de 1.548.628 admissões e de 1.153.639 desligamentos.

Bolsonaro classificou o resultado como uma “excelente notícia” e que o Caged de dezembro deve ser melhor do que o divulgado no mesmo período do ano passado.

“Se nós acreditarmos em projeções, né, nós vamos terminar o ano, mês de dezembro, com mais gente empregada do que em dezembro do ano passado, isso atravessando uma pandemia”, disse o presidente.

Ainda durante a cerimônia, Bolsonaro elogiou o ministro Paulo Guedes. A fala ocorreu após o ministro não discursar depois de ser anunciado como orador no evento.

“Pode ficar tranquilo, Pedro Guimarães [presidente da Caixa], que nosso posto Ipiranga é insubstituível. Não falarei de economia”, falou.

Caged

De acordo com o Ministério da Economia, outubro é quarto mês consecutivo de saldo positivo. É o melhor resultado não apenas para 2020 como também o melhor da história iniciada em 1992.

O desempenho foi interpretado pela pasta como uma retomada da economia brasileira após os efeitos econômicos gerados pela pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

O estoque — quantidade total de vínculos ativos — em outubro chegou a 38.638.484, variação de 1,03% em relação ao estoque do mês anterior.

No acumulado do ano, o saldo é negativo em 171.139. Foram 12.231.462 admissões e 12.402.601 desligamentos. Segundo o Ministério da Economia, o país perdeu menos empregos em 2020 do que nas crises de 2015 e 2016.

Serviços em alta

Dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas, quatro tiveram saldo positivo no emprego em outubro. O principal foi o setor de serviços, que abriu 156.766 novas vagas. No comércio, foram criados 115.647 postos; na indústria, 86.426; na construção, 36.296.

O mês foi positivo nas cinco regiões do país, com destaque para o Sudeste, onde o saldo ficou em 186.884 postos; e no Sul, com resultado de 92.932. No Nordeste, foram criados 69.519 empregos formais; no Centro-Oeste, 25.024; no Norte, 20.658 vagas.

Também houve saldo positivo em todas as unidades federativas, com destaque para São Paulo (119.261 novas vagas); Minas Gerais (42.124); e Paraná (33.008). Em termos parciais, os estados com maior variação em relação ao estoque do mês anterior foram Santa Catarina, Ceará e Amazonas.

Trabalho intermitente

Em outubro, houve saldo positivo de 10.611 empregos na modalidade trabalho intermitente, resultado de 19.927 admissões e 9.316 desligamentos (278 trabalhadores assinaram mais de um contrato deste tipo). As novas contratações ocorreram principalmente nos serviços, que teve saldo de 5.692 postos, seguido de construção (1.895 postos), indústria (1.600), comércio (1.056) e agropecuária (368).

Nos contratos de regime de tempo parcial, o saldo foi de 1.328 empregos, consequência de 14.742 admissões e 13.414 desligamentos (46 empregados celebraram mais de um contrato nesta modalidade). As vagas foram abertas principalmente no comércio (638 postos) e nos serviços (614). Indústria gerou 217 novos postos e agropecuária, 21.

Houve ainda 15.331 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em outubro, envolvendo 10.043 estabelecimentos (38 empregados realizaram mais de um desligamento). Do ponto de vista das atividades econômicas, estes acordos distribuíram-se por serviços (7.262), comércio (3.409), indústria (2.736), construção (1.420) e agropecuária (504).

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