Arrecadação atinge R$ 202,5 bi em julho, melhor resultado desde 1995
O número representa alta real de 7,47% na comparação com o mesmo mês de 2021, quando o total arrecadado foi de R$ 188,5 bilhões
atualizado
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A arrecadação do governo federal atingiu R$ 202,588 bilhões em julho deste ano. O valor é o maior para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1995.
O resultado representa alta real de 7,47% na comparação com o mesmo mês de 2021, quando a arrecadação foi de R$ 188,5 bilhões (descontada a inflação).
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (26/8), pela Receita Federal. No acumulado de janeiro a julho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 1,292 trilhão.
Em valores corrigidos pela inflação, totalizou R$ 1,309 trilhão, o que representa alta real (descontada a inflação) de 10,44% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os números da Receita Federal também mostram que a arrecadação nos sete primeiros meses deste ano foi a maior para o período na série histórica corrigida pela inflação. Ou seja, mais um recorde.
De acordo com a Receita, os resultados podem ser explicados, principalmente, pela alta no recolhimento de Imposto de Renda de Pessoa Juridica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incidem sobre empresas públicas e privadas.

No Brasil há dezenas de tributos, somando os federais, estaduais e municipais. Juntos, eles abastecem os cofres públicos. Parte do recurso arrecadado volta para municípios e estados para que os representantes invistam em educação, saúde, segurança, lazer e demais estruturas necessárias para a população Priscila Zambotto/ Getty Images

A criação de tributos, bem como os entes responsáveis por arrecadá-los e distribui-los, é determinada pela Constituição Federal. Além disso, há uma série de leis complementares federais, municipais e estaduais para regulamentar a cobrança dos impostos Senado Federal/ Reprodução

Entre os principais tributos federais está o Imposto de Renda, que incide sobre a renda e salário de brasileiros, empresas e microempreendedores individuais. Também há o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), pago por fabricantes de mercadorias ou empresas importadoras. Outro é o Imposto sobre Operação Financeira (IOF), cobrado em cima de operações financeiras com cartão de crédito, de títulos, de câmbio, de fundos imobiliários, etc. Unsplash

Existem também Imposto de Importação (II), Imposto de Exportação (IE), Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) e a Contribuição de Intenção no Domínio Econômico (CIDE), cobrada sobre a importação e venda de petróleo, álcool combustível e gás natural Elza Fiúza/Arquivo Agência Brasil

Além deles, há o Programa de Integração Social (PIS), contribuição paga por empregadores para custear o Fundo de Amparo ao Trabalhador e demais benefícios. Seguridade Social (COFINS), cobrada sobre o faturamento das empresas, e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), que incide sobre o lucro de companhias Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Entre os impostos estaduais estão o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado sobre prestação de serviço ou compra de qualquer produto; e o Imposto sobre Propriedade e Veículos Automotores (IPVA) DircinhaSW/ Getty Images

Também existe o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD), pago por pessoas jurídicas ou físicas que recebem bens como herança ou doação em virtude da morte do antigo proprietário The Good Brigade/ Getty Images

No âmbito municipal estão: Imposto Sobre Serviços (ISS); Imposto Predial e Território Urbano (IPTU); e o Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), pago quando alguém compra um imóvel e o transfere para outro nome Rapeepong Puttakumwong/ Getty Images

Impostos federais podem ou não ter destino integral à União. No caso de estados e municípios, no entanto, parte da receita total arrecadada deve ser investida em saúde e educação SimpleImages/ Getty Images