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Patinho feio: 5 ações para não ter na carteira, segundo especialistas

Levantamento feito pelo TradeMap revela as cinco empresas da Bolsa com o maior número de recomendações de venda pelos analistas de mercado

atualizado

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Bolsa de ações
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Para compor uma boa carteira de investimentos, é importante não só avaliar os ativos que podem ganhar valor, mas também fugir dos que podem fazer com que você perca dinheiro. A plataforma TradeMap levantou as ações da Bolsa de Valores com o maior número de recomendações de venda por agentes de mercado.

Simplificando: o levantamento indica as empresas que têm mais chances de cair nos próximos meses e, por isso, não deveriam entrar na carteira do investidor, pelo menos por enquanto.

As razões para as contraindicações são variadas. Pode ser desde uma recomendação de venda por considerar que aquela ação já se valorizou muito nos últimos tempos, ou porque a empresa em questão tem desafios operacionais pela frente.

O levantamento considerou a análise de até 14 agentes de mercado, entre corretoras e bancos. As recomendações de compra ou venda de ações fazem parte do trabalho das áreas de análise de ativos dessas instituições e, em geral, são enviadas para os clientes que têm contas de investimento.

Veja abaixo a lista de empresas com o maior número de recomendações de venda do mercado, segundo o TradeMap:

  • Taesa (TAEE11): 8 indicações de venda;
  • Cogna (COGN3): 6 indicações de venda;
  • Transmissão Paulista (TRPL4): 4 indicações de venda;
  • Banco Santander (SANB11): 4 indicações de venda;
  • Gol (GOLL4): 4 indicações de venda.

É importante lembrar que algumas dessas empresas têm um impasse na classificação, uma vez que contam com recomendações de venda, mas também ainda aparecem nas indicações de compra por alguns bancos e corretoras. É o caso, por exemplo, da Gol, que tem 4 recomendações de venda, 4 recomendações para manter as ações e 4 recomendações de compra.

Taesa: de queridinha do investidor a patinho feio

A número um na lista de contraindicadas é a distribuidora de energia Taesa. Segundo o TradeMap, embora não esteja muito bem cotada entre os bancos e corretoras, a Taesa está entre as ações mais populares entre pequenos investidores, pois é conhecida por distribuir bons dividendos. Tanto é que as ações quase dobraram de valor nos últimos cinco anos.

“Os analistas podem estar preocupados por três principais motivos: a redução nas receitas anuais da empresa, o maior patamar de alavancagem [endividamento] e a possível redução de dividendos”, explicou o analista Sérgio Castro, do TradeMap.

Ele explica que a maior parte dos contratos de distribuição de energia da Taesa foram licitados há mais de 15 anos, e estão entrando na fase em que o repasse de recursos à distribuidora é reduzido. Para continuar ganhando dinheiro, a empresa precisaria participar de novas licitações e, para isso, fazer investimentos mais volumosos. E com mais investimento, a probabilidade é que ela distribua menos lucro.

A Transmissão Paulista faz parte do mesmo setor da Taesa, o de energia, e tem recomendações de venda por motivos similares: a necessidade de constituir novos projetos para continuar entregando bons resultados financeiros.

Já nos casos da Cogna, Santander e Gol, os problemas surgiram “fora de casa”. Afetadas pela pandemia de coronavírus e pela combinação de juros e inflação elevados, essas empresas continuam expostas à piora da economia e, por isso, aparecem entre as contraindicações.

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