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Eclipse anular deste sábado pode causar cegueira; veja cuidados

Fenômeno conhecido como eclipse anular é caracterizado pela formação de um “anel de fogo” no entorno da silhueta da Lua

atualizado

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NASA/Bill Dunford
Imagem colorida mostra eclipse anular registrado em maio de 2012 - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra eclipse anular registrado em maio de 2012 - Metrópoles - Foto: NASA/Bill Dunford

Neste sábado (14/10), moradores de diversas cidades do Brasil poderão acompanhar o eclipse anular do Sol. O evento, no entanto, não deve ser observado de forma direta. Por essa razão, o Metrópoles separou dicas para quem quiser acompanhar o fenômeno com segurança.

O eclipse anular se caracteriza pelo alinhamento da Terra, da Lua e do Sol. A sobreposição resulta na formação de um “anel de fogo” em torno da silhueta da Lua, já que apenas as bordas do Sol ficam visíveis.

Mas a agência espacial norte-americana, a Nasa, alerta: nunca é seguro olhar diretamente para o Sol sem a proteção adequada em um eclipse desse tipo.

Uma das características do eclipse anular é a formação de uma penumbra ou o escurecimento quase que total do dia. No Brasil, esse fenômeno ocorrerá de maneira mais intensa nas regiões Norte e Nordeste do país. Ainda assim, não será seguro olhar diretamente para o Sol.

Risco de cegueira

O médico Vinicius Kniggendorf, especialista em retina e vítreo do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), explicou ao Metrópoles que observar o fenômeno sem o devido cuidado pode levar, até mesmo, à queima da retina.

Ele detalha que a lesão de fototoxicidade, como é conhecido esse tipo de lesão causada pela luz, leva a uma queimadura na região central da visão. Isso machuca os fotorreceptores, o que pode levar ao surgimento de manchas, distorções e perda da visão central. Em casos extremos, o resultado pode ser a cegueira.

“Ao olhar diretamente para o Sol, esse risco [de causar uma queimadura] aumenta. A lesão pode ser leve ou grave e, muitas vezes, irreversível, causando baixa da acuidade visual, manchas ou tortuosidades na visão”, completa.

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Falsa segurança

O uso de chapas de raio-x e de óculos escuros também está descartado. De acordo com o médico Vinicius Kniggendorf, essas soluções não são suficientes para diminuir os riscos à visão durante a observação do eclipse. “Óculos escuros protegem dos raios indiretos e dão conforto, mas para visualização direta [do eclipse] não possuem proteção adequada, assim como as imagens de raio-x”, alerta.

O Observatório Nacional, órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, ainda descarta o uso de celulares, câmeras fotográficas e de telescópios sem os filtros apropriados na hora de observar o fenômeno.

Então, como não perder o fenômeno e garantir a segurança? Uma das possíveis soluções é o uso de óculos com lentes certificadas do tipo NBR/ISO 12312-2 e que filtrem mais de 99,999% da luz solar.

Outra alternativa é a montagem de uma câmara escura. O método utiliza uma superfície com um pequeno furo, por meio do qual passa um feixe de luz que é projetado na superfície lisa, permitindo a observação indireta do eclipse.

Uma última medida é acompanhar a live do Observatório Nacional, que será transmitida por meio do YouTube, neste link, a partir das 11h30 de sábado (14/10). A transmissão ocorre por meio da parceria com instituições nacionais e internacionais, que acompanhará todo o caminho do eclipse.

Entenda o fenômeno

O eclipse anular será visível apenas nas Américas do Norte, Central e Sul. O fenômeno ocorre no momento em que a Lua passa entre o Sol e a Terra, no ponto mais longe do planeta.

Uma vez que a sobreposição não é capaz de cobrir toda a luz solar, forma-se um “anel de fogo” ao redor da silhueta da Lua.

De acordo com a plataforma Time and Date, o eclipse anular no Brasil ocorrerá na tarde de sábado (14/10). Ainda assim, é necessário ficar atento ao do fenômeno na localidade do observador. Em João Pessoa (PB), por exemplo, a formação do ponto máximo do “anel de fogo” será por volta das 16h46.

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