DJ diz ter prova de que alertou amigo hacker de riscos de invasão
Gustavo Elias Santos e sua esposa, Suellen, prestam depoimento na tarde desta quarta-feira na Polícia Federal em Brasília
atualizado

Um dos presos na operação da Polícia Federal que investiga a invasão dos celulares do ministro da Justiça, Sergio Moro, e do procurador da República Deltan Dallagnol, o DJ de Araraquara, Gustavo Elias Santos, disse nesta quarta-feira (24/07/2019) que tem provas de que teria alertado seu amigo, Walter Delgatti Neto, também preso nesta terça-feira (23/07/2019), para “parar de mexer com isso”, em referência à telefone de autoridades.
Segundo o advogado Ariovaldo Moreira, que defende Gustavo, o cliente teria uma conversa trocada com Walter no Telegram em que alertava o amigo: “Cuidado que você pode ter problema com isso”
Segundo o advogado, se “abrirem o Telegram vão ver que meu cliente falou [para o Walter]: ‘Para com isso que isso vai te dar problema'”.
Gustavo e sua esposa, Suellen, prestam depoimento na tarde desta quarta-feira na PF em Brasília. “Ele vai contar o que aconteceu para a autoridade policial”, destacou o advogado, que acompanha o depoimento.

JP Rodrigues/ Metrópoles

Walter Delgatti Neto, de 30 anos, foi um dos presos em Araraquara nessa terça-feira (23/07/2019) JP Rodrigues/ Metrópoles

Conforme apuração feita pelo Metrópoles, Delgatti voltou às redes sociais oito dias antes de o celular do ministro Moro ter sido invadido JP Rodrigues/ Metrópoles

Jp Rodrigues/Metrópoles

O DJ Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos, que já usou o nome artístico “Guto Dubra”, é um dos acusados Reprodução/ Redes Sociais

Dois suspeitos tiveram as fotos divulgadas: Gustavo Henrique Elias Santos, 28 anos; e Walter Delgatti Neto, 30 Reprodução/EPTV

Os responsáveis deram coletiva de imprensa nesta tarde sobre o caso Hugo Barreto/ Metrópoles

Luiz Spricigo, diretor-geral do Instituto Nacional de Criminalística comentou sobre o caso Hugo Barreto/ Metrópoles

Joao Vianey Xavier Filho, delegado da Polícia Federal Hugo Barreto/ Metrópoles

Hugo Barreto/ Metrópoles

Além dos mandados de prisão temporária, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos hackers e a pessoas que teriam supostamente atuado em conjunto com eles Hugo Barreto/ Metrópoles
A advogada Mariani de Cassia Almas, que defende Delgatti Neto, disse nesta quarta-feira que desconhecia qualquer aptidão em seu cliente para crimes cibernéticos. “Se ele tinha esse talento, ele nunca demonstrou e eu desconhecia. Ele nunca teve nada parecido com isso. Fiquei até surpresa quando li o noticiário sobre essa investigação, mas até agora ele não me procurou para falar sobre esse fato novo.”