Diretora de hospital de POA posta foto em motociata e causa revolta
Tatiana Breyer aparece sem máscara, desrespeitando o decreto municipal. Ela foi indicada pelo prefeito a colaborar com o comitê da Covid-19
atualizado
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A diretora-geral do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Porto Alegre, Tatiana Breyer, causou revolta nas redes sociais, nesta segunda-feira (12/7), ao publicar uma foto na motociata realizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no último sábado (10/7). Nas imagens, ela aparece sem máscara, desrespeitando o decreto municipal.
O Metrópoles entrou em contato com a assessoria do hospital, que não negou o ocorrido, e informou que está apurando o caso. Além de chefe do HPS, Tatiana foi indicada pelo prefeito da capital do Rio Grande do Sul, Sebastião Melo, a colaborar com o comitê técnico do coronavírus.
Após a repercussão negativa, a diretora-geral do HPS excluiu as redes sociais. No entanto, internautas resgataram a foto divulgada por ela, na qual aparece ao lado do marido, em meio à aglomeração, sem uso do equipamento de proteção contra a Covid-19.
Nas redes sociais, internautas criticaram a atitude de Tatiana. “Tipo de pessoa que tem coragem de ser enfermeira e ir num evento que comemora mortes, porque não é nada mais do que isto esse evento”, escreveu um deles.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que “não irá se pronunciar sobre o assunto, tendo em vista que a servidora se encontrava fora do horário de serviço”.
O Metrópoles também entrou em contato com a Associação de Servidores do Hospital de Pronto Socorro (ASHPS), após saber que o ato foi visto de forma negativa por colaboradores do hospital. Até agora, no entanto, não houve nota oficial. O espaço permanece aberto.
Motociata em Porto Alegre
Em novo passeio, o presidente foi até Porto Alegre, capital do RS, para realizar uma motociata. Como de costume, Bolsonaro não usou máscara de proteção e causou aglomeração em frente à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs).
No evento, o chefe do Executivo fez novos ataques às eleições com urna eletrônica, repetindo acusações sem provas de fraudes e ameaçando, inclusive, a não fazê-las em 2022 caso não seja implantado um sistema de voto impresso.