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Desembargador que humilhou guardas aparece passeando de máscara

Eduardo Siqueira disse que não usava máscara em seus passeios porque o decreto não teria “força” de lei e rasgou multa

atualizado

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Desembargador
1 de 1 Desembargador - Foto: Reprodução

Após ser filmado humilhando guardas de Santos (SP) e se recusando a usar máscara, o desembargador Eduardo Almeida Prado Rocha de Siqueira, que virou alvo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), apareceu passeando com a proteção recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nas imagens que circulam pelas redes sociais, Siqueira passeia pelas ruas na companhia de dois rapazes mais jovens.

Relembre

Durante abordagem no sábado (18/7), Siqueira disse que não assinaria a multa e confrontou o guarda que o abordava, afirmando que rasgaria o papel caso ele insistisse em aplicar a sanção pelo não uso da máscara facial.

O guarda alertou que, se o desembargador jogasse a multa fora, ele seria autuado por desperdício em via pública, levando a uma segunda punição. Ignorando o profissional, o homem rasgou o papel, jogou na faixa de areia da praia e foi embora em seguida.

“Você quer que eu jogue na sua cara? Faz aí, que eu amasso e jogo na sua cara”, diz. Em seguida, Eduardo Almeida pega o celular e liga para o secretário municipal de Segurança de Santos, Sérgio Del Bel Júnior. “Estou aqui com um analfabeto”, diz o homem, ao telefone. “Eu falei, vou ligar para ele [Del Bel] porque estou andando sem máscara. Eu estou andando nessa faixa da praia e ele está aqui fazendo uma multa. Eu expliquei e eles não conseguem entender”, reclama ao telefone.

O que diz o desembargador

Em nota, que foi publicada pelo jornal A Tribuna, o magistrado se disse “vítima de uma armação” porque o vídeo teria sido tirado de contexto. Na gravação, o desembargador chama o guarda municipal que o aborda de “analfabeto” e rasga a multa recebida por estar sem máscara de proteção. Ainda nas imagens, ele tenta denunciar a ação policial para o secretário de Segurança da cidade paulista.

“O vídeo é verdadeiro, o fato realmente aconteceu, mas foi tirado do contexto, que eu gostaria de esclarecer, para que seja considerado nesse verdadeiro julgamento público – ou melhor, linchamento – que se estabeleceu sobre a minha conduta, sem que a minha versão dos fatos seja conhecida”, escreveu ele.

“Estamos vivendo um momento conturbado, de pandemia politizada, que tem sido usada para justificar abusos, desmandos e restrições de direitos, que eu como magistrado não posso aceitar. Um desses abusos, a meu ver, é a determinação, por simples decreto, do uso de máscara”, argumentou ele, que é reincidente no desrespeito ao decreto municipal que exige o uso de máscaras de proteção em vias públicas de Santos.

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