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Deputado quer homenagear Maurício Souza na Alerj e cita “ditadura gay”

Para Rodrigo Amorim (PSL), o caso fere a liberdade de expressão; youtuber Pedro HCM explica a diferença entre homofobia e direito à opinião

atualizado

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Alexandre Loureiro/Getty Images
Maurício Souza
1 de 1 Maurício Souza - Foto: Alexandre Loureiro/Getty Images

Rio de Janeiro – O deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL) apresentou à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), nesta quinta-feira (28/10), um pedido de moção de congratulações e aplausos para o jogador de vôlei Maurício Souza, demitido do Minas Tênis Clube por declarações homofóbicas.

O ex-jogador da Seleção Brasileira publicou em seu Instagram uma imagem do novo Superman, filho de Clark Kent, dos HQs da DC Comics, Joe Kent, que é bissexual, beijando um homem. Na legenda, ele escreveu: “Ah, é só um desenho, não é nada demais’. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.

Insatisfeitos com o posicionamento do jogador, patrocinadores fizeram pressão para que o time o desvinculasse de suas marcas. Para o deputado, no entanto, “o jogador vem sendo julgado pela denominada ‘ditadura gay'”.

“Nitidamente, estamos vivendo um período escabroso, onde as pessoas estão alijadas do seu direito à liberdade de expressão”, defendeu o parlamentar no pedido de moção.

Amorim e o deputado federal Daniel Silveira, do mesmo partido,  quebraram placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSol), assassinada com seu motorista Anderson Gomes, em outubro de 2018. Silveira está preso por atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal (STF)

Em vídeo publicado no Instagram, na quarta-feira (27/10), Maurício Souza veio a público pelo Instagram para pedir desculpas “a quem se sentiu ofendido”. O pedido de desculpas gerou uma onda de críticas e levantou debate sobre os limites da liberdade de expressão e do direito à opinião.

Dono de um dos maiores canais de vídeos LGBTs do país, youtuber Pedro HCM rebateu a defesa do jogador. O publicitário, que tem mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, explica que direito à opinião é diferente de cometer o crime de homofobia.

“Quando a sua opinião fere o direito e s existência do outro, ela não é opinião, é discurso de ódio. Vale lembrar que esse discurso incentiva quem mata essas pessoas todo dia.”

O youtuber segue: “O direito de um termina onde o do outro começa. Se o seu direito me fere, você não tem esse direito”.

Veja o vídeo:

 

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