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Defensoria cobra indenização às vítimas de ação da PM em Paraisópolis

O pedido foi feito em dezembro de 2020, um ano após o tumulto que matou nove jovens; caso segue em investigação pela Polícia Civil do estado

atualizado

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DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO
Moradores de Paraisópolis celebram missa de sétimo dia em memória dos 9 mortos após ação da PM em baile funk
1 de 1 Moradores de Paraisópolis celebram missa de sétimo dia em memória dos 9 mortos após ação da PM em baile funk - Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo – A Defensoria Pública de São Paulo confirmou nesta quarta-feira (14/7) que encaminhou um ofício ao governo do estado cobrando indenizações para os familiares das vítimas da ação da Polícia Militar no Baile DZ7 em Paraisópolis, zona norte da capital paulista, em 2019.

O pedido foi feito em dezembro de 2020, um ano após o tumulto que matou nove jovens. Segundo a defensoria, o governo paulista deveria ser responsabilizado pelas mortes, já que foram resultado de confusão gerada pela atuação violenta de policiais.

A Defensoria afirma que as famílias interessadas já apresentaram a documentação necessária para solicitar a indenização. E, de acordo com o órgão e com a Constituição Federal, o governo já deveria ter reparado as famílias, mesmo antes da conclusão das investigações, visto que não há obrigatoriedade de comprovação de culpa por parte dos agentes públicos para que haja a indenização.  

À época, o governo paulista informou que o futuro das decisões sobre as indenizações dependia da conclusão das investigações. O caso, no entanto, ainda não foi encerrado pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em junho, a Polícia Civil de São Paulo indiciou nove policiais militares por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ao todo, 31 policiais foram afastados e são investigados por participação.

Os agentes envolvidos alegaram que estavam perseguindo criminosos em uma moto, que atiraram contra os policiais, e depois fugiram em direção ao baile funk. Por isso, teria ocorrido o tumulto. Mas, segundo o relatório do DHPP, não havia tumulto no local até a chegada da Polícia Militar, o que foi demonstrado pela análise de câmeras de segurança da região.

 

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