A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, desabafou sobre o assassinato da irmã, a vereadora Marielle Franco, e do motorista Anderson Gomes, no Encontro, que completa 5 anos nesta terça-feira (14/3).
O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos que mataram a vereadora e o motorista, e o ex-policial militar Elcio de Queiroz, acusado de dirigir o carro usado na execução, estão presos. Os réus, contudo, nunca revelaram quem mandou matar Marielle Franco e Anderson.
Em um vídeo enviado para o Encontro, da TV Globo, Anielle diz que não perdeu as esperanças de descobrir quem são os demais envolvidos no crime.
“A gente chega aí a um marco de 5 anos de muita dor, de luto, de luta (…) A gente tem vivido esses últimos anos pedindo por justiça, multiplicando o legado, honrando a memória da Mari, e tem sido dias difíceis, anos difíceis, tem sido anos que todo dia a gente acorda e pensa: será que hoje a gente vai descobrir quem mandou matar a minha irmã?”, disse a ministra da Igualdade Racial.

Marielle e a irmã, Anielle FrancoReprodução

Estátua Marielle Franco, no Buraco do Lume, no centro do RioDivulgação

Felix é o autor da lei que criou a praçaDivulgação

Já são cinco anos sem saber quem são os mandantes do crime contra a vereadora cariocaReprodução/ Mídia Ninja

PF e MP encontram elos entre capitão Adriano e acusado de matar MarielleReprodução/ Mídia Ninja

Arma usada para matar Marielle pode ter sido jogada no marDivulgação

Marielle Franco era vereadora do Rio de Janeiro pelo PSol e foi assassinada na noite de quarta-feira (15/3)Mídia NINJA/Reprodução
“A gente sabe que não foi um crime qualquer, foi um crime muito bem arquitetado, mas a gente segue nessa luta, nessa batalha árdua, de transformar luto em luta, fazendo com que a voz da Mari ecoe e chegue em todos os lugares do mundo. Espero que a gente não precise de mais meia década de espera”, continuou.
Anielle conclui falando sobre o simbolismo do posto que ocupa no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Estar hoje no ministério é saber que o legado da Mari tem se multiplicado não só aqui mas em tantos outros lugares e eu enquanto irmã, amiga e família vou seguir lutando sempre, levantando meu punho e dizendo que a gente vai conseguir”.