Relatório da CPMI do 8/1 cita Ibaneis, mas ele não é indiciado
Parlamentares apontam suspeitas de omissão de governador do DF, mas entendem que CPMI não tem competência para investigar governadores
atualizado
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O governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) é citado no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos do 8 de Janeiro, que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro Braga Netto e mais 59 pessoas. No entanto, Ibaneis não foi indiciado no relatório lido na manhã de terça-feira (17/10) pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Apesar de apontar possíveis erros de Ibaneis na condução da crise de 8 de janeiro, os parlamentares entenderam que a CPMI não tem competência constitucional para investigar governadores. Por isso, apontaram a necessidade de aprofundamento nas investigações pelas autoridades competentes.
O documento afirma que Ibaneis tinha “pleno conhecimento do risco de atos violentos no dia 8 de janeiro”, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram e destruíram as sedes dos Três Poderes.
Além disso, o relatório final indica que o governador do DF não autorizou rapidamente o emprego da Força Nacional, autorizada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, na noite de 7 de janeiro. A autorização do governador é obrigatória para envio da Força e só aconteceu no final da tarde de 8 de janeiro.
Por fim, o documento lembra que Ibaneis chegou a ser temporariamente afastado de seu cargo por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), atendendo pedido da Advocacia-Geral da União.
