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Relatora da CPMI: “O 8/1 é obra do que chamamos de bolsonarismo”

Colegiado ouviu cerca de 20 depoimentos em cinco meses de trabalho. CPMI vota relatório na quarta-feira (18/10)

atualizado

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional chega à última semana, após cinco meses de trabalho. Nesta terça-feira (16/10), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) lê o relatório final, e parlamentares da oposição apresentam dois votos em separado.

A discussão e a votação do relatório serão feitas na quarta-feira (17/10). Enquanto a base governista tenta atrelar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à mentoria intelectual dos atos antidemocráticos, a oposição sustenta a narrativa de que membros do governo federal estavam cientes sobre o perigo e foram omissos.

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Eliziane Gama, logo no início da leitura de introdução do relatório, buscou ligar as ações antidemocráticas de 8/1 ao ex-presidente. “O 8 de Janeiro é obra do que chamamos de bolsonarismo”, apontou ela. No documento, a senadora afirma que o que aconteceu aquele dia foi “planejado” e se define como o “maior ataque da democracia recente”.

Segundo ela, as “massas” foram manipuladas por discurso de ódio e “a proposta não era apenas ocupar, mas depredar”, no que chamou de “tentativa premeditada de golpe de Estado”.

Entre os principais indiciados pela relatora, estão o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto, o ex-ministro chefe do GSI Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, o ex-ministro chefe da secretaria-geral da Presidência Luiz Eduardo Ramos, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-comandante do Exército Marco Antônio Freire Gomes.

Os delitos atribuídos envolvem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, violência política e prevaricação.

Acompanhe a sessão:

Balanço da CPMI

A CPMI divulgou um balanço de depoimentos feitos e documentos recebidos, expedidos e rejeitados. Segundo dados da Coordenação de Comissões Especiais, Temporárias e Parlamentares de Inquérito, a comissão realizou 23 reuniões; teve 21 depoimentos e ainda recebeu cerca de 11.931 arquivos com documentação sigilosa.

Veja os números divulgados:

  • Foram realizadas 23 reuniões;
  • A comissão recebeu um total de 2.098 requerimentos – destes, 660 foram aprovados e 74, rejeitados. Os demais não foram apreciados;
  • Foram realizadas 21 oitivas, expedidos 709 ofícios e 656 documentos, entre ostensivos e sigilosos;
  • Quanto aos sigilosos, foram recebidos em 11.931 arquivos, divididos em 4.096 pastas, consubstanciando aproximadamente 7.250 GB de informação (7,25 TB). Quanto aos ostensivos, foram 11.770 arquivos, divididos em 1.594 pastas, totalizando-se cerca de 194 GB de informação;
  • O volume de informações chega a 7.444 GB.

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