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CPI não tem acordo sobre quebra de sigilos de Bolsonaro e cancela sessão

Não há acordo entre relatora da CPMI, Eliziane Gama, e presidente do colegiado, Arthur Maia, sobre quebra de sigilo de Bolsonaro e aliados

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Hugo Barreto/Metrópoles
senadora Eliziane Gama (PSD-MA), senador Randolfe Rodrigues e o deputado federal Arthur Maia (União-BA) durante CPMI atos 8 de janeiro - Metrópoles
1 de 1 senadora Eliziane Gama (PSD-MA), senador Randolfe Rodrigues e o deputado federal Arthur Maia (União-BA) durante CPMI atos 8 de janeiro - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A sessão deliberativa da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8/1 no Congresso Nacional, marcada para a manhã desta terça-feira (22/8), foi cancelada após falta de consenso sobre pedidos de quebra de sigilo — especialmente sobre os requerimentos que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

Inicialmente, a sessão estava prevista para as 9h. O encontro, no entanto, foi adiado para as 11h, para que fosse realizada uma reunião entre a relatora, Eliziane Gama (PSD-MA), parlamentares que compõem o colegiado e o presidente Arthur Maia (União-BA) — que participou a conversa por ligação telefônica.

Minutos antes da abertura da sessão, porém, o presidente do colegiado pediu novo adiamento. O encontro chegou a ser remarcado para as 14h, mas foi cancelado minutos antes do início. Eliziane tem tentado um acordo com Arthur Maia para aprovar a quebra de sigilo bancário e relatórios de inteligência financeira (RIFs) de Bolsonaro e nomes ligados ao ex-presidente, como a ex-primeira-dama Michelle Boslsonaro.

A relatora acredita que dados desses personagens, citados em investigações da Polícia Federal (PF) e por depoentes que falaram à CPMI, podem auxiliar na resposta de questionamentos feitos pela CPMI — como o ponto sobre a verba de financiamento dos atos de 8 de janeiro. Arthur Maia, no entanto, ainda não aceitou a inclusão dos itens na pauta.

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“O ponto central são essas quebras [de sigilo]. Quebra telemática, bancária, RIFs que estamos apresentando. Essas pessoas que estão no entorno do Mauro Cid têm um poder muito amplo no que se refere à questão da formação de opinião e de uma posição do que acompanhamos nos últimos meses no Brasil, sobretudo do 8 de janeiro. Precisamos ter RIFs do Bolsonaro, da Michelle, a gente precisa ter quebras da Carla Zambelli. Ouvir militares que foram citados, generais. Não é simples aprovar esses requerimentos”, explicou a relatora.

“A gente está tendo um entendimento desse alinhamento. Sempre digo que a gente não vai investigar o crime das joias, do garimpo ilegal, da grilagem. Mas a gente tem de investigar se o dinheiro dessas irregularidades foi para o 8 de janeiro”, continuou.

Questionada sobre a falta de acordo para a construção da pauta, Eliziane afirmou que Arthur Maia é quem decide sobre o que será votado. “O relator é dono do inquérito e o presidente é dono da pauta, a pauta é dele e ele decide como ela deve ser colocada. A gente tem uma limitação muito grande. O máximo que a gente pode é fazer acordo”, destacou a senadora.

Segundo a parlamentar, a falta de consenso não é somente devido aos pedidos contra Bolsonaro, mas que o ex-presidente é “um ponto muito preponderante no debate”. “Estamos tentando construir um acordo e, até o momento, não foi possível. [A falta de acordo ] não exatamente só por ele [Bolsonaro. Há um conjunto de pontos muito amplos, embora esse seja um ponto muito preponderante no debate”, concluiu.

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