O Ministério da Saúde aprovou, nessa quinta-feira (13/10), a vacinação de crianças de 6 meses a 4 anos contra Covid-19 com o imunizante da Pfizer. O fármaco será destinado, no primeiro momento, aos pequenos com comorbidades.
O uso da vacina nesta faixa etária havia sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro deste ano. Para que a imunização fosse iniciada, no entanto, faltava o aval do Ministério da Saúde.
Apesar da autorização, a pasta ainda não sinalizou quando a vacinação vai começar e quando enviará doses aos estados e municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, o órgão solicitará à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) a avaliação de possível ampliação do uso da vacina a crianças sem comorbidades.

Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19Istock

A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzemRafaela Felicciano/Metrópoles

Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doenteTomaz Silva/Agência Brasil

Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequadaHugo Barreto/Metrópoles

Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante novaWestend61/GettyImages

O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da PfizerArthur Menescal/Especial Metrópoles

As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náuseaRafaela Felicciano/Metrópoles

Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19Vinícius Schmidt/Metrópoles
Recomendações
A recomendação da Anvisa para vacinação deste público inclui três doses de 0,2 ml cada. O intervalo sugerido entre as duas primeiras doses é de três semanas. Para a terceira, recomenda-se ao menos oito semanas. A tampa do frasco deverá ter a cor vinho.
“O uso de diferentes cores de tampa é uma estratégia para evitar erros de administração, já que o produto requer diferentes dosagens para diferentes faixas etárias”, esclarece a agência, em nota.
O imunizante terá que ser armazenado entre -90° C e -60° C. “Uma vez retirado do armazenamento de congelamento, o frasco fechado pode ser armazenado em geladeira entre 2° C e 8° C durante um período único de 10 semanas, não excedendo a data de validade original”, complementa a Anvisa.