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Covid: ocupação de UTIs em Goiás está acima de 80% há duas semanas

Mesmo com aumento de vagas desde o início de 2022, a porcentagem de leitos ocupados se mantém alta. Situação é crítica, segundo Fiocruz

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
equipe médica intuba paciente da covid-19 no pronto socorro de hospital privado, em goiânia, onde a rede particular já está com 100% dos leitos ocupados
1 de 1 equipe médica intuba paciente da covid-19 no pronto socorro de hospital privado, em goiânia, onde a rede particular já está com 100% dos leitos ocupados - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – A ocupação das vagas de unidades de terapia intensiva (UTIs) para pacientes com coronavírus na rede estadual de Goiás está acima de 80% desde o dia 13 de janeiro de 2022. Já são duas semanas com esse nível crítico de lotação.

O número de leitos de UTI destinados para pessoas com Covid-19 passou de 147 para 197 nessas últimas duas semanas. No entanto, mesmo com esse aumento, a ocupação das vagas continuou alta.

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Isso porque a quantidade de pessoas internadas também aumentou. Em 13 de janeiro eram 121 pacientes e na quarta-feira (26/1) chegou-se a ter 160 hospitalizados.

O dia com maior ocupação das UTIs para coronavírus em Goiás neste ano foi em 20 de janeiro, quando se chegou à porcentagem de 90%. A última vez que isso aconteceu foi em 12 de junho de 2021, há mais de seis meses.

Estado crítico

Uma nota técnica do Observatório Covid-19 Fiocruz divulgada na quarta, mostra Goiás em estado crítico, em relação aos indicadores de leitos de UTI para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Goiás está dentro da zona de alerta crítico desde o boletim do dia 17 de janeiro, segundo a Fiocruz. Ainda de acordo com o relatório, os outros estados na zona de alerta crítico atualmente são Pernambuco (81%), Espírito Santo (80%), Piauí (82%), Rio Grande do Norte (83%), Mato Grosso do Sul (80%) e Distrito Federal (98%).

Variante

A vacina e a letalidade da variante Ômicron, predominante em Goiás e no Brasil, colaboram para uma porcentagem bem inferior de casos que necessitam de internação de UTI. No entanto, como essa cepa é bem mais transmissível, o número de pessoas que precisam do sistema de saúde é muito alto.

A primeira morte pela nova variante no Brasil, inclusive, ocorreu em Goiás no dia 27 de dezembro de 2021 e foi confirmada oficialmente no dia 6 de janeiro de 2022.

Segundo informações da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, a vítima da doença foi um homem de 68 anos, portador de doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial. Ele estava internado em unidade hospitalar. O paciente era contactante de um caso que a pasta já havia confirmado como infecção pela variante. O homem estava vacinado com três doses.

Mesmo com a ocupação alta de UTI, o número de pessoas internadas em Goiás é bem menor que o registrado no ápice da pandemia em 2021, quando quase 600 pessoas com Covid-19 em estado grave chegaram a ficar internadas na rede estadual de saúde.

Estratégia 85%

A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SESGO) informou ao Metrópoles que mantém monitoramento constante dos casos e internações por Covid-19. O órgão confirma o número de contaminados é grande e crescente, o que impacta proporcionalmente no número de internações.

Segundo a SESGO, a estratégia tem sido manter o nível de ocupação em torno de 85%, transferindo leitos gerais para Covid-19 em blocos de dez e em alas dedicadas e isoladas.

Na última segunda-feira (24/1), por exemplo, foram abertos dez leitos de UTI adulto no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer), em Goiânia. Também foi realizada a abertura de mais 20 leitos em Itumbiara e está sendo preparado, para os próximos dias, mais 20 em Uruaçu.

A SESGO informou que também prepara a abertura de mais dez leitos de UTI no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu.

Vacina

Em nota, o órgão defendeu que a solução não é aumentar o número de vagas, mas reduzir os casos graves por meio da vacinação e prevenção. A imunização até agora já resultou na queda de casos graves e mortes.

O órgão ainda sugeriu novas estratégias, como a exigência de comprovante vacinal para acesso a alguns locais, em vez da restrição por quantidade de pessoas.

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