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Covid: Brasil tem pior semana epidemiológica desde início da pandemia

Nos últimos sete dias, foram foram identificados 500.722 novos casos e registrados 12.777 óbitos

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM). Capital registra recorde atrás de recorde em número de sepultamentos
1 de 1 Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM). Capital registra recorde atrás de recorde em número de sepultamentos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O número de casos e mortos no Brasil em decorrência da Covid-19 não para de crescer. Na última semana epidemiológica, compreendida entre os dias 7 a 13 de março, o Ministério da Saúde contabilizou, mais uma vez, recorde nas taxas.

Nos últimos sete dias, foram foram identificadas 500.722 novos casos, 18,7% a mais do que o recorde anterior, registrado na semana imediatamente anterior — entre 28 de fevereiro a 6 de março. Em relação aos óbitos, os números chegaram a 12.777, quase o dobro do que foi contabilizado no pico da primeira onda.

Desde julho do último ano, o Brasil passou por uma escalada do número de óbitos por Covid-19 a uma estabilização nas alturas. O ritmo de fatalidades, então, começou a cair nos períodos seguintes, chegando aos menores índices no início de novembro, quando o país registrou 2.385 mortes na 45ª semana epidemiológica (entre 1º e 7 de novembro).

Logo depois, na 46ª semana epidemiológica, apresentou alta (3.389 vítimas). Sete dias depois, uma pequena queda fez com que os registros caíssem para 3.331. Os números, no entanto, voltaram a crescer nas quatro semanas seguintes, até a 51ª (13 a 19/12), quando atingiram 5.233 mortes.

Uma leve queda marcou a semana imediatamente depois. A realidade, no entanto, voltou a assustar. Os primeiros sete dias de janeiro contabilizaram 4.930 óbitos decorrentes do novo coronavírus, um reflexo do que viria mais tarde. Desde então, nenhuma das 10 semanas seguintes teve menos de 6,6 mil mortos.

Em relação aos infectados, o cenário não é diferente. Só nos primeiros 30 dias deste ano, o país acumulou 1.528.758 novos casos de Covid-19, e uma média diária de 49.314. Os dados registrados fizeram de janeiro o mês com mais ocorrências desde o início da pandemia. Fevereiro também terminou com números nas alturas: em 28 dias, foram 1.346.528 contaminados, média de 48.090 a cada 24 horas.

A situação em março é ainda mais grave. Em apenas 14 dias, foram contabilizados 932.111 resultados positivos para a doença – média diária de 66.579. Para efeito de comparação, no recorde anterior, registrado em julho de 2020, durante o primeiro pico, foram notificadas 1.260.444 infecções por Covid-19.

Taxa de transmissão do vírus

De acordo com estudo do Imperial College London, a taxa de transmissão da Covid-19 no país indica que a doença está fora de controle. No último boletim, publicado em 5 de março, esse índice chegou a 1.1 – o panorama mostra que, para cada 100 pessoas doentes, 110 poderão ser contaminadas.

O índice Rt, desenvolvido pela instituição britânica, é traçado a partir de um modelo matemático que usa o número de mortes confirmadas pela Covid-19 em uma semana para prever quantas pessoas correm o risco de serem infectadas nos sete dias seguintes.

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