Convenção de “esquenta” para o 7/9 atrai multidão de bolsonaristas em Brasília

A fila para entrar na convenção que reúne ícones da direita ideológica de dentro e de fora do governo, como Ernesto Araújo, Filipe Martins, Mario Frias e até um filho de Donald Trump, demora mais de uma hora na manhã dessa sexta-feira (3/9), em Brasília.

Promovida pelo Instituto Liberal Conservador, encabeçado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a versão brasileira do Cpac acontece nesta sexta e amanhã, com o objetivo de promover o conservadorismo e esquentar a militância para os atos pró-governo programados para o 7 de Setembro.

Paulistas próximos da reportagem na espera no Centro de Convenções Ulysses Guimarães reclamam que “até parece organizado pela esquerda essa entrada” e estão com medo de perder a palestra de abertura, do ministro do Trabalho Onyx Lorenzoni.

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Muitos participantes do Cpac usavam máscaras, cobradas na entrada do evento Raphael Veleda/Metrópoles

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Evento conservador Cpac Brasil é realizado no Centro de Convenções de Brasília Raphael Veleda/Metrópoles

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Veículo com faixa promovendo a reeleição do presidente Bolsonaro Raphael Veleda/Metrópoles

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Fila para entrar no evento Raphael Veleda/Metrópoles

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"Parece evento organizado pela esquerda", reclamaram alguns participantes Raphael Veleda/Metrópoles

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Fila para entrar no Cpac Brasil demorou até uma hora Raphael Veleda/Metrópoles

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Bandeiras do Brasil com a foto do presidente Bolsonaro eram vendidas no local Raphael Veleda/Metrópoles

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Máscaras

Entre as centenas de pessoas na fila, cerca de metade usa máscaras. É visível que parte considerável veio de outros estados e que muitos pretendem ficar para o feriado da Independência.

Na entrada, seguranças exigem máscara para entrada no prédio e revistam todos com detectores de metal. Alguns participantes, porém, voltam a tirar a máscara logo após a revista, apesar de o credenciamento propiciar a primeira aglomeração em ambiente fechado no evento.

Aproveitando a demora da fila, ambulantes vendem água na seca manhã brasiliense e bandeiras do Brasil por R$ 10.

Youtubers aproveitam para fazer transmissões ao vivo e fãs tietam lideranças que só conheciam on-line.

Grupos organizados e uniformizados se mostram no evento, como uma comitiva da associação dos plantadores de soja, a Aprosoja, cujo presidente, Antônio Galvan, é investigado pela PF sob suspeita de financiamento de atos antidemocráticos no próximo dia 7.

A inscrição no CPAC para não filiados ao instituto custou R$ 200 mais 1 kg de alimento. Nesta manhã, Eduardo Bolsonaro anunciou que, pela gravidade do momento, o evento seria transmitido também de graça pela internet.