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Conselho de Medicina aciona MP por dentista que prometia cura para Covid-19

A profissional usava as redes sociais para divulgar medicamentos contra o novo coronavírus sem eficácia comprovada

atualizado

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O Ministério Público de São Paulo (MPSP) foi acionado pelo Conselho Regional de Medicina paulista (Cremesp) para apurar a conduta de uma cirurgiã dentista que prescrevia medicamentos para tratamento do novo coronavírus. Os remédios sem eficácia comprovada eram divulgados nas redes sociais da investigada.

No pedido, o conselho alega que a dentista divulgava falsamente a “cura da Covid-19” e que recorreu ao MPSP após o recebimento de denúncias contra a atuação da profissional. Além do Ministério Público estadual, o Cremesp também acionou o Conselho Federal de Odontologia.

O Conselho Regional de Medicina já havia alertado que, apesar de existirem medicamentos autorizados em off label (fora de indicação da bula) — como no caso da cloroquina — estes devem ser discutidos com cada paciente e analisados diante os casos particulares. Ainda, o Cremesp alertou que o médico deve ter “cautela” ao divulgar “tratamento com qualquer medicamento sem evidências robustas”.

“A divulgação de medicamentos, por meio de canais públicos, como redes sociais e imprensa, por exemplo, não pode ter cunho sensacionalista e de promessa de resultado. Ainda, esse tipo de publicação pode induzir à automedicação e desencorajar a população a manter e buscar medidas protetivas. Publicações feitas de maneira sensacionalista, prometendo resultados como a cura ou prevenção contra o novo coronavírus colocam ainda mais em risco a vida da população”, alertou, em nota.

“Cabe lembrar também que os estudos clínicos com qualquer medicação devem contar com protocolos bem desenhados em que sejam descritos resultados bem definidos. Os pacientes envolvidos nestas pesquisas devem ser monitorados cuidadosamente e devem estar cientes e de acordo com os riscos envolvidos. As pesquisas também devem ter aprovação de comissão de ética em pesquisa”, continuou, o texto.

Para reforçar o impacto da indicação médica a pacientes, o Conselho ressaltou, no informativo, a necessidade do profissional agir como “agente da boa informação”. “O Conselho reforça a importância do médico não só à frente da doença, no combate diário nas unidades de saúde, como também e principalmente como agente da boa informação”, finalizou.

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