metropoles.com

Congresso vota tributária e pautas econômicas prioritárias. Veja quais

Taxação de apostas esportivas, reforma tributária e Lei de Diretrizes Orçamentárias estão na pauta do Congresso

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Ferreira/Metrópoles
Fachada do Congresso Nacional Senado e Câmara - Metrópoles
1 de 1 Fachada do Congresso Nacional Senado e Câmara - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Depois de uma semana reduzida no Congresso Nacional devido ao feriado de Finados, o parlamento aprecia, nesta terça-feira (7/11), projetos importantes para a agenda econômica do país. As medidas são prioritárias para o governo federal, que conta com a aprovação dos textos para garantir recursos e equilíbrio fiscal.

Às 9h, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal vota o parecer da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. O texto foi apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto, no dia 25 de outubro, e os membros da comissão tiveram duas semanas para analisá-lo.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera que, embora não seja ideal, o projeto traz vantagens para a economia. “O sistema garante previsibilidade”, disse em evento realizado pelo BTG Pactual na segunda-feira (6/11), em São Paulo. “Hoje, estamos numa guerra em que cada um faz o que pode”, continuou o ministro, que definiu a proposta como “nota 7 ou 7,5, mas o país está saindo de 2”.

Como principais mudanças, o relatório apresentado por Braga estabelece a inclusão de uma barreira, chamada de Teto de Referência, que impedirá o aumento dos impostos em valor acima da média dos últimos 10 anos; e o aumento da verba destinada ao Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR), de R$ 40 bilhões para R$ 60 bilhões, um valor intermediário entre o definido anteriormente e a solicitação de estados e municípios.

Após aprovação na CCJ, a PEC vai a plenário na quarta (8/11) ou quinta-feira (9/11). Caso as emendas sejam acatadas, o texto precisará retornar à Câmara dos Deputados quando aprovado pelo Senado.

O principal ponto da reforma tributária é a unificação de cinco tributos que incidem sobre produtos (PIS, Cofins e IPIs federais, ICMS estadual e ISS municipal) para um só, chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), subdividido em federal e estadual/municipal. Também há um imposto seletivo para produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente.

O imposto de gestão federal é a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que vai unificar IPI, PIS e Cofins. Já o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) terá gestão compartilhada entre estados e municípios e vai unificar ICMS (estadual) e ISS (municipal).

Taxação de apostas esportivas

A proposta para taxar apostas esportivas de quota fixa, conhecidas como “bets”, será votada na Comissão de Esporte do Senado nesta terça, a partir das 14h, sob relatoria do senador Romário (PL-RJ). Já na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), a previsão é que o relatório sobre o projeto de lei (PL) também seja apresentado pelo relator Angelo Coronel (PSD-BA) no mesmo dia, ainda sem votação confirmada.

O texto encaminhado pelo governo previa taxação de 18%, mas senadores querem reduzir para algo em torno de 12%. A equipe técnica de Haddad preocupa-se com o que estará incluído no texto, porque jogos on-line respondem por 60% do faturamento das empresas do segmento.

Jogos on-line foram incluídos pela Câmara no relatório do deputado Adolfo Viana (PSDB-BA), aprovado pelos demais deputados em setembro. Essa brecha não estava inicialmente prevista no texto do Poder Executivo. Caso essa inclusão seja consolidada, a arrecadação será maior e a pasta poderá negociar a alíquota e, inclusive, apresentar um número intermediário (entre 18% e 12%).

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) discutirá o relatório preliminar da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024 (PLN nº 4/2023), a partir das 14h30. O parecer será apresentado pelo relator, deputado Danilo Forte (União-CE).

A previsão do parlamentar é que o plenário do Congresso vote a proposta até o fim de novembro, para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 (PLN 29/23) seja analisada em dezembro.

Enviado ao Congresso em abril deste ano, o projeto da LDO 2024 prevê, entre outros pontos, o fim do rombo nas contas públicas, o chamado “déficit zero”. Com as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, há incerteza sobre a inclusão da meta no texto.

Para alcançar o déficit zero, o governo precisa aumentar as fontes de arrecadação de receitas para igualá-las às despesas. De acordo com o Ministério do Planejamento, para acabar com o rombo fiscal em 2024, serão necessários R$ 168 bilhões em receitas extras.

A LDO prevê salário mínimo de R$ 1.389 para o próximo ano. Segundo o governo, o valor considera apenas a correção do que estava estimado para dezembro de 2023 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Isso significa que não está previsto no projeto aumento real em 2024.

O texto também conta com a estimativa do salário mínimo para os próximos anos. O valor é de R$ 1.435 para 2025 e R$ 1.481 para 2026.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?