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Com “Parabéns pra você”, jogador do Flamengo é enterrado no RJ

Arthur Vinícius da Silva completaria 15 anos neste sábado (9). Ele foi o primeiro garoto vítima do incêndio no clube a ser sepultado

atualizado

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Fábio Motta/Estadão
Arthur Vinícius é enterrado no Rio
1 de 1 Arthur Vinícius é enterrado no Rio - Foto: Fábio Motta/Estadão

Ao som do hino do Flamengo, palmas e de “Parabéns pra você”, familiares, amigos e colegas enterraram, neste sábado (9/2), a primeira vítima do incêndio no CT Ninho do Urubu. O cemitério Portal da Saudade, em Volta Redonda, a cerca de 120 km do Rio de Janeiro, ficou lotado de adolescentes aos prantos e trajados de camisas rubro-negras para se despedir do zagueiro Arthur Vinícius da Silva, enterrado no dia em que completaria 15 anos.

O defensor foi uma das dez vítimas da tragédia desta sexta-feira (8). O corpo do garoto foi levado para a cidade natal, onde atraiu mais de 500 pessoas durante as duas horas de velório. Também estiveram presentes o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o prefeito da cidade, Samuca Silva, que mais cedo inauguraram uma pista de atletismo em Volta Redonda e decidiram batizar a estrutura com o nome do atleta.

Arthur Vinícius deixaria o alojamento do Flamengo na quinta-feira (7) para poder comemorar o aniversário, mas decidiu ficar mais um dia para participar de um jogo no Maracanã. “Como jogador, ele era ótimo. Nós, da família, estávamos preparando uma festa de aniversário para ele. O Arthur vivia um sonho e tinha muito futuro pela frente”, disse o tio do garoto, Anderson Pereira, o Andinho, ex-jogador do Volta Redonda.

Bastante abalada, a mãe do garoto, Marília Silva, ficou o tempo todo ao lado do caixão, que foi pintado na cor branca e decorado com a foto do jogador. Na despedida, ela puxou o hino do Flamengo e se emocionou quando colegas de escola bateram palmas e cantaram “Parabéns” para marcar a data que seria o 15º aniversário do garoto.

O técnico de futsal Felipe Araújo treinou Arthur dos seis aos 13 anos e explicou que o garoto era a esperança da família mudar de vida. “O pai dele foi assassinado anos atrás e a mãe não tinha condições de manter o garoto no Rio. Por isso, ele foi morar no Flamengo e estava orgulhoso de ter conseguido essa oportunidade. Uma pena que isso acabou por causar a morte dele”, comentou.

O pai de Arthur foi assassinado há dez anos, na frente do filho. O zagueiro da base do Flamengo tinha como um dos amigos da família o volante Felipe Melo, do Palmeiras, que é de Volta Redonda e chegou a escrever nesta sexta-feira uma mensagem em homenagem ao garoto.

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