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Com novo calendário de vacinação, Rio espera ter Réveillon e Carnaval

Mesmo conservador, cronograma vai permitir a realização de eventos-teste, conta o prefeito Eduardo Paes

atualizado

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Fernando Maia/Riotur
RÉVEILLON EM COPACABANA NO RIO DE JANEIRO (RJ).
1 de 1 RÉVEILLON EM COPACABANA NO RIO DE JANEIRO (RJ). - Foto: Fernando Maia/Riotur

Rio de Janeiro – Com um calendário de vacinação classificado como conservador pelo prefeito Eduardo Paes, o Rio planeja eventos-teste e comemorações como Réveillon e Carnaval em 2022.

Os planos, entretanto, dependem de o Ministério da Saúde cumprir a entrega das remessas de vacina para a imunização dos cariocas. Todas as 34 regiões administrativas da cidade seguem em risco alto de contaminação.

Como noticiou o Metrópoles em 18 de abril, os cariocas e turistas poderão contar com festa de Réveillon caso 70% dos moradores da cidade tenham sido vacinados. A regra para os visitantes ainda segue sendo elaborada.

Na próxima semana, o prefeito deverá publicar decreto contemplando regras e protocolos para a realização de eventos, que, entre outras, deverão ter um laboratório e um médico responsável por garantir que tudo está em acordo com as normas sanitárias. O público deverá ser testado e apresentar laudos negativos para o coronavírus.

Pelo novo calendário, segundo a prefeitura, a meta é vacinar, até o dia 23 de outubro, 4.751.823 cariocas com 18 anos ou mais — o que equivale a 90% da população adulta do Rio.

A Secretaria Municipal de Saúde informa que essa porcentagem já chegou a 33%. Na avaliação do prefeito, “se conseguirmos (cumprir o calendário), vamos ter Réveillon, vamos ter Carnaval”.

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“Claro, isso tudo depende da chegada do imunizante, da chegada da vacina. A gente tem tido estabilidade na entrega da AstraZeneca”, disse o prefeito. “Se eu pudesse definir (o sentimento), seria “a gente vai ter Carnaval”, completou

“Vamos mover montanhas para que esse cronograma consiga ser cumprido. Vamos agir com toda transparência, como temos feito, cobrando o governo federal e o Ministério da Saúde. Quando o Butantan recebe doses na segunda-feira e só há distribuição na quinta, temos atraso de um dia, atraso angustiante para quem precisa”, afirmou.

O prefeito também abordou a possibilidade de atraso na entrega dos insumos necessários para a fabricação da vacina produzida pela Fiocruz. O instituto prevê a chegada de uma nova remessa de ingredientes farmacêuticos ativos (IFA) no próximo dia 22. Até lá, contudo, a Fiocruz admite interrupção momentânea na produção da vacina. Nesta quinta-feira, o instituto informou que os estoques de IFA disponíveis são suficientes para sustentar a fabricação até o fim desta semana. Paes espera que a questão “seja resolvida”:

“O novo calendário existe para que as pessoas possam cobrar e a gente também possa cobrar. Recebemos dados oficiais, que vão sendo informados pelo Ministério da Saúde. Vamos cobrar para que esses dados se concretizem”, disse.

O prefeito reiterou o desejo de voltar a vacinar professores e trabalhadores de limpeza urbana até o fim de maio, junto com pessoas com comorbidades.

Dados epidemiológicos

Segundo a análise da disseminação da Covid-19 no município desenvolvida pela prefeitura, todas as regiões administrativas têm risco alto de contágio. Para o subsecretário de Vigilância em Saúde, Márcio Henrique Garcia, o dado representa uma “leve evolução” em relação ao último boletim epidemiológico, que apontou que 30 das 33 RAs tinham risco “muito alto” de contaminação.

De acordo com a prefeitura, os principais indicadores da pandemia na cidade — atendimento em redes de urgência e emergência, índice de confirmações de casos e número de óbitos — continuam em declínio. Atualmente, a fila de espera para leitos de UTI para Covid-19 no Rio tem 18 pacientes.

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