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Com DF, chegam a 10 as unidades da Federação com presença da variante Delta

Nesta quarta-feira, capital federal confirmou infecções. Rio de Janeiro é o estado com o maior número de infectados até o momento

atualizado

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Arte/Metrópoles
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1 de 1 covid-brasil-máscara - Foto: Arte/Metrópoles

Com o Distrito Federal, chegam a 10 as unidades da Federação com a presença da variante Delta da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O Rio de Janeiro é o estado com o maior número de infectados – 83, até esta quarta-feira (21/7).

Nesta quarta, autoridades sanitárias da capital federal confirmaram a infecção de moradores da cidade com a variante. Ela é considerada mais transmissível, apesar de não se mostrar mais letal.

O mais recente balanço do Ministério da Saúde, divulgado na segunda-feira (19/7), indicava 110 casos confirmados pelas secretarias de Saúde de sete estados e notificados à pasta. Depois, o número subiu.

Veja unidades da Federação de confirmaram a presença da variante Delta: 

  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul
  • Paraná
  • Maranhão
  • Minas Gerais
  • Goiás
  • São Paulo
  • Pernambuco
  • Distrito Federal
  • Santa Catarina — casos de infecção fora do estado.

Na capital federal, a mutação foi identificada em seis pacientes de Planaltina, do Plano Piloto e de Santa Maria. Quatro pessoas que tiveram contato com esses pacientes infectados pela variante estão sendo monitoradas.

Nesta quarta-feira, o governo do Mato Grosso do Sul informou que monitora os estados com a presença da variante e que estuda medidas para evitar a chegada da mutação por lá.

“Precisamos avançar o processo vacinal, tendo em vista que todos os estados que fazem fronteira com o Mato Grosso do Sul já têm presença da variante Delta”, destacou o secretário de Saúde sul-mato-grossense, Geraldo Resende.

Mais transmissível

A variante Delta do coronavírus já foi detectada em mais de 100 países, segundo o mais recente boletim epidemiológico da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Assim como as outras variantes de preocupação (alpha, beta e gamma), ela é mais transmissível. Entretanto, ainda não é possível afirmar se as variantes provocam casos mais graves ou se são mais letais.

A variante Delta foi inicialmente identificada em 2020, na Índia. Em maio passado, a nova cepa foi classificada pela OMS como uma “variante de preocupação”.

Balanço

Desde o início da pandemia, o Brasil registrou 19,4 milhões de casos de Covid-19, sendo que 544 mil pessoas morreram por complicações da doença.

Ao todo, o Ministério da Saúde já distribuiu 164,1 milhões de doses da vacina. As secretarias de Saúde já aplicaram 126,6 milhões, entre primeira, segunda e dose única.

Riscos

Em entrevista ao Metrópoles na semana passado, Isabella Ballalai, referência em vacinação e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), fez um alerta sobre a circulação de variantes.

“As variantes são um fator que pode pôr tudo a perder. Como surgem? O vírus que está circulando busca burlar o nosso sistema imune. Ele depende de infectar para se manter vivo. Se ele não invade, ele não se replica, não se modifica e acaba. Isso que fizemos com a varíola. Vacinamos todo o planeta e o vírus não teve a quem infectar. É o único vírus que foi eliminado. Muitas vezes, podemos eliminar a doença, mas não o vírus”, explica.

É onde a imunização ágil e correta faz a diferença. “Quando mais se tem circulação do vírus e pessoas imunes, isso pela doença, por que pela vacina se tem muito pouco, o vírus busca alternativas. As vacinas se mostram eficazes contra as novas variantes. Mas precisamos interromper a circulação”, vaticina.

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