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Com chuvas abaixo da média, Pantanal enfrenta seca mais cedo em 2021

Devido à situação, o governo de Mato Grosso anunciou que poderá decretar emergência ambiental

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Alicia Yo/Wikimedia Commons
Pantanal,_south-central_South_America_5170
1 de 1 Pantanal,_south-central_South_America_5170 - Foto: Alicia Yo/Wikimedia Commons

São Paulo – Mesmo no fim do período chuvoso, quando se espera registrar recarga hídrica nos mananciais do bioma Pantanal, o rio Paraguai está prestes a entrar novamente na zona de atenção para níveis mínimos em Mato Grosso do Sul.

Os rios apresentam cotas mínimas históricas devido às chuvas abaixo da média durante o período de cheia (novembro a abril), de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM).

Devido à situação, o governo local anunciou que deve decretar emergência ambiental nos próximos dias. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, informou que a medida se deve ao indicativo de seca em praticamente todos os municípios sul-mato-grossenses ao longo deste ano.

Como medida preventiva, o estado antecipará os embarques de minérios e de grãos para exportação, a fim de evitar que o transporte de mercadorias seja feito no período de estiagem, quando os níveis devem estar mais rasos, ocasionando possíveis problemas de navegação na Hidrovia Paraguai-Paraná.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), a precipitação dos últimos três meses na bacia do alto Paraguai foi abaixo da climatologia para a região. Somente no mês de janeiro, foram registradas chuvas acima da média.

A estação chuvosa na região do Pantanal encerrou precocemente no fim de março, conforme o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

O Cemaden estima que 202 municípios, de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, já estão sendo afetados pela seca.

Em comparação com a série histórica, apenas no oeste de Mato Grosso as chuvas ficaram acima da média. De acordo com índice padronizado de chuva pelo menos nos últimos 24 meses, o estado de Mato Grosso do Sul vivencia uma seca fraca ou extrema.

“As informações repassadas pelos técnicos do Cemaden, do Inpe e do Serviço Geológico Brasileiro na reunião da Sala de Crise do Pantanal evidenciaram uma baixa precipitação pluviométrica nos últimos 30 dias. Além disso, o volume de chuva nos meses de janeiro a março deste ano ficou abaixo da média histórica e a previsão para os próximos 18 dias é de chuva irregular. Esse conjunto de fatores acendeu o alerta de seca, por isso já propusemos a Emergência Ambiental ao governador Reinaldo Azambuja”, afirmou Verruck.

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