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Com alta de 34% em mortes por Covid-19, SP dificulta relaxamento das restrições

De acordo com o governo do estado, houve aumento de 33% no número de casos da última semana de dezembro para a primeira de janeiro

atualizado

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Fábio Vieira/Metropoles
São Paulo
1 de 1 São Paulo - Foto: Fábio Vieira/Metropoles

São Paulo – O governo de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (8/1) aumento no rigor do plano de flexibilização. A medida foi adotada para conter a pandemia de coronavírus, no estado. Entre a última semana de dezembro e a primeira de janeiro, houve aumento de 34% no número de mortes pela Covid-19, de 33% no registro de casos e de 8,2% nas internações.

De acordo com o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, Paulo Menezes, houve endurecimento em relação aos indicadores usados, o que fez com que a troca de fases ficasse mais difícil.

Para avançar para a fase verde, por exemplo, era necessário alcançar o índice de 40 internações por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias; agora, para o mesmo intervalo de tempo, o parâmetro é de 30 internações e 3 óbitos a cada 100 mil pessoas. No que se refere à fase laranja, a taxa de ocupação, até então, era de 75% – agora é de 70%.

Apesar disso, os estabelecimentos continuam abertos, com exceção do atendimento presencial em bares na fase laranja. Conforme explica Menezes, mais importante que restringir o funcionamento de alguns setores é que os protocolos recomendados sejam respeitados.

A principal diferença entre as fases laranja e amarela (esta, mais flexível) é o horário de funcionamento dos estabelecimentos –  que vai até 20h na laranja e 22h na amarela.

De acordo com o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, as evidências apontam que a velocidade de disseminação do vírus aumenta em “bares, lazer noturno, balada, festas e aglomerações”. Segundo ele, o problema não são os ambientes controlados.

“Por isso, estamos orientando para que todos possam exercer atividades normais durante o dia, quem puder não sair, que não saia. Quem sair, que saia com cuidado. E que as pessoas procurem não participar de eventos nem em bar, restaurante, festa, comemoração, principalmente após o horário de fechamento das atividades”, disse.

Com as novas regras, as cidades de Marília, Sorocaba e Registro saem da fase amarela e vão para a laranja. Presidente Prudente sai da vermelha e vai para a laranja. As demais ficam na fase amarela. Ao todo, 90% da população do estado fica na fase amarela.

Veja os destaques de cada fase:

Laranja
Ampliação das atividades permitidas para todos os setores;
Capacidade limitada de 20% para 40% de ocupação para todos os setores;
Funcionamento máximo dos estabelecimentos limitado de 4 para 8 horas por dia;
Parques estaduais abertos;
Proibição de atendimento presencial em bares;
Restrição de atendimento presencial até 20h em todos os estabelecimentos.

Amarela
Todas as atividades em funcionamento;
Capacidade limitada a 40% de ocupação para todos os setores;
Funcionamento máximo de estabelecimentos limitado a 10 horas;
Parques estaduais abertos;
Restrição de atendimento presencial até 20h em bares;
Restrição de atendimento presencial até 22h nos demais estabelecimentos.

São Paulo é a unidade da Federação com mais casos de mortes pela doença no país: 1,5 milhão de diagnósticos positivos e mais de 47,7 mil óbitos. De novembro para cá, o estado vem assistindo à alta desses indicadores, acompanhada do aumento na taxa de ocupação de leitos. Em Guarulhos, por exemplo, a taxa de ocupação em UTI foi de 72% a 94% na última semana.

Já com os casos em alta, nos três dias depois do Natal e, também, após o Ano-Novo, o estado recuou para a fase vermelha, em que apenas os serviços essenciais são abertos.

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