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COI suspende Carlos Arthur Nuzman e o Comitê Olímpico Brasileiro

Dirigente foi preso na quinta-feira (5/10) na Operação Unfair Play, suspeito de comprar votos para o Rio de Janeiro sediar a Olimpíada 2016

atualizado

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Agência Estado
POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO UNFAIR PLAY PARA INVESTIGAR COMPRA DE VOTOS NA RIO 2016
1 de 1 POLÍCIA FEDERAL REALIZA OPERAÇÃO UNFAIR PLAY PARA INVESTIGAR COMPRA DE VOTOS NA RIO 2016 - Foto: Agência Estado

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, nesta sexta-feira (6/10), que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) está suspenso temporariamente, afastou Carlos Arthur Nuzman e cortou todos os repasses ao Brasil, inclusive para sanar o déficit deixado pelos Jogos Olímpicos. Mas o COI vai permitir que os atletas brasileiros possam continuar a representar o país nos Jogos de Inverno de 2018.

A decisão foi adotada pelo Conselho Executivo do COI, depois de avaliar as alegações da polícia sobre os dirigentes brasileiros e a suposta compra de votos pelo Brasil para sediar os Jogos de 2016.

Sobre Nuzmam, o conselho indicou que ele está suspenso provisoriamente de todos os seus “direitos, prerrogativas e funções derivadas de seu cargo de membro de honra do COI”. Foi ainda afastado da Comissão de Coordenação dos Jogos de 2020, em Tóquio.

Mas as medidas não se limitam ao dirigente. O próprio Comitê Olímpico Brasileiro está suspenso de sua relação com a entidade internacional. De acordo com a regra 59 da Carta Olímpica, a suspensão significa que “todos os pagamentos e subsídios do COI para o COB estão congelados”. Outra medida adotada é que o comitê brasileiro não será autorizado a exercer seus direitos de membro entre as associações de comitês nacionais olímpicos.

Se os dirigentes brasileiros estão sendo punidos, o COI insiste que os atletas não ficarão fora dos torneios. “Para proteger os interesses dos atletas brasileiros, essa decisão não os afetará”, garantiu.

Portanto, o COI “aceitará um time olímpico brasileiro nos Jogos de Inverno de PyeongChang em 2018 e em todas as outras competições sob o guarda-chuva do COB com seus direitos e obrigações”. Essa suspensão será encerrada quando problemas de governabilidade do COB tenham sido lidados de “forma satisfatória”, segundo o COI.

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Dinheiro
Conforme o jornal O Estado de S.Paulo antecipou em sua edição desta sexta-feira, o COI ainda está suspendendo todos os repasses ao Brasil, inclusive para cobrir o rombo da Rio-2016. Para justificar a decisão, o COI aponta que tanto Nuzman quanto Leonardo Gryner, seu diretor de comunicação, também preso, estavam no comando do Comitê Organizador dos Jogos por “muitos anos”.

“O COI encerrou todas as suas obrigações com o Comitê Organizador em dezembro de 2016, como confirmado”, disse. De acordo com o COI, a contribuição que foi dada ao Rio “extrapola de forma significativa suas obrigações contratuais”. Na época, cerca de US$ 1,5 bilhão foi repassado “considerando a grave crise afetando o país”.

Entenda o caso
Um braço da Operação Lava Jato, denominada Unfair Play, investiga a participação de Nuzman e seus pares na compra de votos para a escolha do Brasil como país-sede da Olímpiada do Rio. O cartola foi preso na quarta-feira (4) porque havia a desconfiança de que ele pudesse atrapalhar as investigações. Os advogados de Nuzman tentam um habeas corpus.

A reportagem localizou o depósito na Suíça onde o dirigente do COB guarda 16 barras de ouro avaliadas em R$ 2 milhões. Nuzman não havia declarado as barras em seu Imposto de Renda. Só o fez depois de a informação ter sido revelada pela Polícia Federal.

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