metropoles.com

CNI: 6 em cada 10 indústrias promovem a igualdade de gênero no Brasil

Pesquisa da CNI mostra que 43% das indústrias acreditam que a paridade salarial é a ação mais importante para alcançar a igualdade de gênero

atualizado

Compartilhar notícia

mulher na indústria com capacete de proteção
1 de 1 mulher na indústria com capacete de proteção - Foto: null

No Brasil, seis em cada 10 indústrias têm programas ou políticas de promoção de igualdade de gênero, destas, 61% afirmam ter o comitê há mais de cinco anos. Os dados fazem parte de pesquisa inédita da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quarta-feira (8/3), Dia Internacional da Mulher.

O estudo Indústria & Mercado de Trabalho: Igualdade de gênero e principais desafios contou com respostas de mil executivos industriais, destes 40% são mulheres. A pesquisa mostra que 57% dos entrevistados dão importância alta ou muito alta às políticas de gênero.

Entre as indústrias que adotam atualmente políticas de promoção de igualdade de gênero, apenas 24% aumentaram as ações em comparação ao ano passado e 74% mantiveram no mesmo patamar. Para 43% dos entrevistados, a paridade salarial é a medida mais importante para alcançar a igualdade de gênero.

Segundo o levantamento da CNI, em 49% das empresas a diretoria é a responsável por fomentar a adoção de políticas de gênero. Ainda segundo a pesquisa, 11% das indústrias não têm política formal de igualdade, mas pretendem implementá-la.

Nesse cenário, 63% das empresas comandadas por mulheres desejam implementar essas medidas em até dois anos, enquanto 64% dos executivos estimam formalizar uma política em até cinco anos.

Entre as ações afirmativas incorporadas pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres, as mais citadas no estudo são:

  • Política de paridade salarial (77%);
  • Política que proíbe discriminação em função de gênero (70%);
  • Programas de qualificação de mulheres (56%);
  • Programas de liderança para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%);
  • Licença maternidade de seis meses (38%).

O setor industrial é responsável por 23,6% do produto interno bruto (PIB) brasileiro, concentrando 21,2% do emprego formal do país.

Atualmente, mulheres correspondem a um quarto da força de trabalho em indústrias. Entre 2008 e 2021, elas assumiram cargos de gestão no setor, passando de 24% para 31,8%.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, acredita que os dados refletem transformações no setor, mas afirma que é preciso avançar.

“Vemos que a participação das mulheres está crescendo na indústria devido a ações de igualdade adotadas há mais de uma década. Mas, é necessário ampliar o debate e implementar medidas concretas para chegarmos a um cenário de igualdade plena”, avalia.

Preconceito e machismo são as maiores barreiras

De acordo com a pesquisa, o principal obstáculo para a implementar programas de igualdade de gênero é o preconceito (21%), seguido pela cultura machista (17%). No entanto, 11% dos entrevistados não enxergam barreiras.

0

O levantamento da CNI mostra que apenas 14% das empresas mantém equipes para tratar do tema, sendo que apenas 5% contam com orçamento próprio. Porém, 20% das indústrias pretendem aumentar os recursos direcionados às ações afirmativas.

Quando o assunto é investimento nessas políticas de igualdade, empresas lideradas por mulheres apresentam um interesse maior em comparação com empresas lideradas por homens. São 23% executivas contra 18% executivos.

Segundo a pesquisa da CNI, a estimativa é que o orçamento aumente entre 10% e 20%.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?