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Brasil tem pior desempenho entre maiores escritórios de patentes

Inovador brasileiro precisa esperar cerca de oito anos para ter sua patente avaliada. China se transforma em centro de inovação

atualizado

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Tony Winston/Agência Brasília
robótica, torneio, Sesi de taguatinga, Lego
1 de 1 robótica, torneio, Sesi de taguatinga, Lego - Foto: Tony Winston/Agência Brasília

O Brasil tem o pior desempenho entre os 76 principais escritórios do mundo responsáveis pelo registro de patentes e propriedade intelectual. Os dados foram publicados nesta segunda-feira (3/11), pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI). Em média, a avaliação de uma solicitação de patente no INPI leva 95 meses para ser concluída. Na China ou na Europa, ela é de 22 meses e, na Rússia, apenas nove meses.

No total, a OMPI indica que 25 mil patentes foram solicitadas no Brasil no ano passado, das quais 20 mil vinham do exterior. Nesse mesmo período, o INPI concedeu 5 mil registros de patentes, dos quais 700 foram para empresas, universidades ou inovadores nacionais.

O tempo de espera para que uma patente seja avaliada no Brasil é ainda bem superior ao segundo colocado, a Índia. La, são necessários em média 64 meses, contra 36 no México.

Os números revelam uma distância cada vez maior em relação aos centros de inovação. Pesquisadores, empresas e universidades em todo o mundo depositaram 3,17 milhões de pedidos de patente, um aumento de 5,8% em um ano. Já a atividade global de depósito de pedidos de marca atingiu 12,3 milhões.

Hoje, a Ásia representa dois terços de todos os registros de pedido de patentes. “É uma transformação incrível em um curto período de tempo”, disse Francis Gurry, diretor-geral da OMPI.

Na liderança incontestável está a China, que até pouco tempo era acusada de pirataria e de promover uma violação sistemática de patentes. “Em apenas algumas décadas, a China construiu um sistema de propriedade intelectual, encorajou a inovação nacional, juntou-se ao grupo dos líderes mundiais e encontra-se agora à frente do crescimento mundial em matéria de depósitos de pedidos de patentes”, indicou a OMPI.

Apenas o Instituto de Propriedade Intelectual da China recebeu 1,38 milhão de pedidos de patentes em 2017, um aumento de 14% em comparação ao ano anterior. O segundo lugar é dos EUA, com 606 mil pedidos. O Japão, com 318 mil solicitações, vem na terceira posição, seguida pela Coreia, com 204 mil e Europa com 166 mil.

Esses cinco institutos principais representaram 84,5% do total mundial de patentes. Hoje, África, América Latina e Oceania representam apenas 3,4% das patentes.

Liderança
Se os chineses estão na liderança, quem mais solicitou patentes no exterior em 2017 foram as empresas americanas, com 230 mil casos. Para a OMPI, isso reflete o desejo de expansão no exterior. Já os chineses registraram 60 mil.

Com o crescimento da China, a realidade é que hoje 13,7 milhões de patentes estão em vigor no mundo. 3 milhões nelas nos EUA, contra 2 milhões na China e outros 2 milhões no Japão.

Pequim também passou a ser um destaque no registro de marcas. Em 2017, foram 9,1 milhões de novas solicitações pelo mundo. Mas apenas na China, foram 5,7 milhões, contra 613 mil nos EUA.

“Calcula-se que houve 43,2 milhões de registos ativos de marca em todo o mundo em 2017, com 14,9 milhões só na China, seguidos por 2,2 milhões nos EUA e 1,9 milhão no Japão”, completou a OMPI.

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