Caso Henry: desmentida por babá, empregada dá novo depoimento nesta 4ª
Após receber instruções da defesa do casal, Leila Rosângela havia dito aos investigadores da 16ª DP que a família tinha relação harmoniosa
atualizado
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Rio de Janeiro – Está previsto para a tarde desta quarta-feira (14/4) um novo depoimento de Leila Rosângela de Souza Mattos, empregada da casa de Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida e do vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido). O segundo testemunho será prestado na 16ª DP (Barra da Tijuca), zona oeste do Rio, para o inquérito que apura a morte do menino Henry Borel Medeiros.
Assim como a babá Thayna de Oliveira Ferreira, Rosângela foi instruída pela defesa do casal a falar que a relação entre a mãe de Henry e o político carioca era “harmoniosa”. A empregada pode responder por falso testemunho. Os investigadores acreditam que a doméstica poderá mudar as declarações, depois de ser confrontada com a versão da babá de que ela, Rosângela, sabia das agressões.
No primeiro depoimento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a empregada afirmou que só teve contato com os três moradores do apartamento – Monique, Jairinho e Henry – por três ocasiões. Contou também que trabalhava para o casal desde o dia 8 de janeiro.
“Que a declarante (a empregada Rosângela) registra que, especificamente na sexta-feira de carnaval, presenciou quando Henry, ao ver que Jairinho havia chegado para buscar algo que a declarante não sabe o que, saiu correndo em direção a este, falando “tio Jairinho, tio Jairinho” e o abraçou; Que Jairinho abraçou e beijou Henry, seguiu para o quarto, pegou algo que a declarante não sabe o que e saiu novamente; Que, perguntada se Jairinho ficava sozinho com Henry, respondeu que não”, informou Rosângela, em um dos trechos do depoimento prestado no último dia 23.
Rosângela também teve que comparecer ao escritório do advogado André França Barreto, que até então defendia o vereador e Monique, no centro do Rio, segundo relatos da babá aos investigadores.
A empregada foi a primeira a entrar no apartamento do casal, após a morte de Henry, e limpou o local antes da chegada da perícia.
Entenda o caso Henry
O menino Henry Borel Medeiros morreu no dia 8 de março, ao dar entrada em um hospital da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Segundo Leniel Borel, ele e o filho passaram o fim de semana juntos, normalmente. Por volta das 19h do dia 7, o pai o levou de volta para casa, onde o menino morava com a mãe, Monique Medeiros da Costa e Silva de Almeida, e com o vereador e médico Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido).
Ainda segundo o pai de Henry, por volta das 4h30 do dia 8, ele recebeu uma ligação de Monique falando que estava levando o filho para o hospital, porque o menino apresentava dificuldades para respirar.
Leniel afirma que viu os médicos tentando reanimar o pequeno Henry, sem sucesso. O menino morreu às 5h42, segundo boletim policial registrado pelo pai da criança.
De acordo com o laudo de exame de necropsia, a causa da morte do menino foi hemorragia interna e laceração hepática provocada por ação contundente. Para especialistas, ação contundente seria agressão.