metropoles.com

Cartel do metrô: Cade condena 53 a multas que somam R$ 535,1 milhões

Onze empresas e 42 pessoas físicas foram consideradas culpadas por esquema que fraudava licitações em SP, DF, MG e RS

atualizado

Compartilhar notícia

Rafaela Felicciano/Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Depois de seis anos de investigações, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) condenou 11 empresas e 42 pessoas físicas por participação no chamado “cartel do metrô de São Paulo”. No total, elas pagarão multas que somam R$ 535,11 milhões.

O maior valor, de R$ 167 milhões, será pago pela CAF Brasil, seguida pela Alstom, R$ 128,6 milhões, e pela Bombardier, R$ 85,6 milhões. As três empresas formavam o “núcleo duro” do cartel e receberam maior punição. A Alstom também foi proibida de participar de licitações por cinco anos.

O valor ficou abaixo do sugerido pelo relator do processo, João Paulo de Resende, que votou por multas que somavam R$ 991,1 milhões. Apenas para a Alstom, Resende sugeriu multa de R$ 530,7 milhões.

As demais empresas pagarão as seguintes multas: Mitsui, R$ 600 mil; Tejofran, R$ 23 milhões; Iesa, R$ 927 mil; MGE, R$ 80 milhões; MPE, R$ 35,2 milhões; TC/BR, R$ 17,7 milhões; Temoinsa, R$ 17,7 milhões; e Trans Sistemas, R$ 20,230 milhões.

Foram arquivadas as denúncias contra a Serveng, RHA, Caterpillar e Hiunday-Rotem por falta de provas e por prescrição contra a Procint e Constech.

“Mais de 10 anos”

Em seu voto, o relator, João Paulo de Resende, disse que foi montado um esquema nacional para fraudar licitações para fornecimento de trens e material rodante, manutenção de equipamentos e sistemas auxiliares e obras de construção civil.

Segundo Resende, as empresas dividiam o mercado e combinavam preços, coordenando as apresentações de propostas em cada certame e criando um esquema de subcontratação dos perdedores pelos vencedores das concorrências. “Resta-se comprovado que houve acordo para diversas licitações por mais de 10 anos”, afirmou.

O relator apresentou provas, como documentos cedidos pela Siemens, que delatou o acordo, apreendidas em operações de busca e apreensão nas empresas investigadas. Ele citou relatórios, tabelas, apresentações, e-mails e outros documentos que mostram a atuação conjunta das empresas, com discussão de estratégias e resultado de licitações antes da data das concorrências. “Há indícios de que as empresas atuavam para influenciar a elaboração de editais”, completou.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?